'Eu vou estudar', diz criança ribeirinha com a chegada da internet em escola
Programa do Ministério das Comunicações leva infraestrutura para inclusão digital de estudantes do Pará
O Governo Federal, por meio do Ministério das Comunicações, deu mais um passo para que o programa Escolas Conectadas avance em unidades escolares ribeirinhas, em Breves (PA). A infraestrutura que foi implantada na região alegrou crianças da cidade, em especial das escolas Princesa Isabel e Nova Jerusalém, às margens do rio Tauau.
“Eu vou estudar. Gosto de matemática, de fazer contas”, disse Saulo Santos, de 8 anos. O estudante é filho de uma funcionária da escola onde estuda e de um produtor de açaí. A casa da família é separada da escola por uma ponte de madeira improvisada.
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A Entidade Administradora da Conectividade de Escolas (Eace) é a responsável pela operacionalização dos compromissos de educação conectada do Leilão de 5G. Ela é supervisionada pelo Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas (Gape) e executora de parte do programa Escolas Conectadas, uma das principais políticas públicas do Ministério das Comunicações.
“O presidente Lula nos deu essa missão desafiadora e ao mesmo tempo gratificante. Levar internet aos locais mais remotos deste país é não deixar ninguém excluído do universo e da transformação digital. Com ela, os professores podem oferecer conteúdos pedagógicos online para seus estudantes”, disse o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.
A Estratégia Nacional de Escolas Conectadas é um esforço do Governo Federal para articular ações para universalizar a conectividade de qualidade para uso pedagógico e administrativo nos estabelecimentos de ensino da rede pública da educação básica.
Lucilene Santos, avó de dois alunos da escola Nova Jerusalém, enalteceu o programa Escolas Conectadas. “O Escolas Conectadas é um projeto muito bom. A gente nem esperava ser contemplados. Há tanto tempo lutamos por uma internet boa e agora vem para ajudar a gente e as escolas rurais”, celebrou.
O município de Breves, na Ilha do Marajó, completou 173 anos de história. De acordo com o censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população da cidade chegou a quase 107 mil habitantes. Baseada no extrativismo, Breves se destaca na produção do açaí, palmito, arroz, milho, mandioca, laranja, banana e limão.
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