Ministro Celso Sabino assume presidência da ONU Turismo: 'Brasil é destino atraente'

Dar mais visibilidade ao Brasil em terras estrangeiras, além de fortalecer o debate com foco na sustentabilidade, preservação ambiental e mudanças climáticas. Esses são alguns dos desafios do ministro do Turismo, Celso Sabino, que assumiu, nesta quinta-feira, 23 de janeiro, a presidência do Conselho Executivo da ONU Turismo. O posto é considerado um dos mais importantes da entidade no que diz respeito à tomada de decisões do setor.

A posse foi realizada em Madri, na Espanha, e pode ser considerada um momento histórico para o Brasil, já que é a primeira vez que um representante brasileiro ocupa uma cadeira nesse organismo internacional. “É o momento de promover justiça, solidariedade, responsabilidade e sustentabilidade. Há muito a ser feito, especialmente no âmbito legislativo e na regulamentação do setor. Juntos, vamos transformar o turismo em uma força capaz de mudar a história do mundo", declarou o ministro Celso Sabino.

“Essa conquista representa um reconhecimento pelo trabalho que o governo do presidente Lula vem realizando para reposicionar o Brasil na cena internacional”, acrescentou o embaixador do Brasil na Espanha, Orlando Leite Ribeiro.

O Conselho Executivo da ONU Turismo é composto por cerca de 200 membros de 160 nações. Entre as suas missões estão discutir e definir as diretrizes que nortearão o futuro do turismo global, para que seja mais inclusivo e ambientalmente responsável. No ano em que Belém (PA) será a sede da COP30, este é mais um passo para consolidar o país como referência mundial no debate do setor sobre a sustentabilidade e as mudanças climáticas.

GUIA DE NEGÓCIOS - Na ocasião, foi lançado em Madri, o guia “Tourism Doing Business: Investindo no Brasil”, um documento elaborado pelo CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe) e ONU Turismo, em colaboração com o Ministério do Turismo do Brasil, com a proposta de incentivar os investimentos do setor de turismo brasileiro. “Sob a liderança do presidente Lula, com muito trabalho e resiliência, avançamos em políticas públicas que melhoraram o ambiente interno e a segurança jurídica, nos colocando entre as 10 maiores economias do mundo e o 2º destino mais procurado para investimentos estrangeiros”, frisou o ministro Carlos Sabino, ressaltando que o país sediará o BRICS neste ano.

A publicação lista os benefícios, condições e oportunidades de negócios pelos projetos turísticos do Brasil, além de reforçar a variedade natural e cultural do país; a oferta de um robusto mercado interno; a expressiva participação do turismo no Produto Interno Bruto, de cerca de 8%; além do grande número de visitantes internacionais.

Leia também:
Turistas estrangeiros deixam US$ 7,3 bi no Brasil, superando a Copa de 2014

O Guia também aborda os aspectos legislativos, fiscais e os incentivos que facilitam a chegada de capital externo, como o potencial de crescimento e a estabilidade econômica do país; além da contínua inovação no turismo brasileiro, mediante o apoio público à criação de Destinos Turísticos Inteligentes (DTI); a qualificação profissional no ramo; o lançamento do Plano Nacional de Turismo (PNT) 2024-2027; e a recente sanção presidencial da Lei Geral do Turismo. Esses aspectos visam reforçar o compromisso do Brasil com a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico e turístico da América Latina.

“A combinação única de biodiversidade, diversidade de oferta turística, acessibilidade, hospitalidade e uma rica cultura fazem do Brasil um destino de classe mundial”, afirma o presidente executivo do CAF, Sérgio Díaz-Granados.

RECEITAS INTERNACIONAIS - Nos três primeiros trimestres de 2024, o país recebeu US$ 212 milhões em receitas internacionais resultantes de atividades ligadas ao segmento, uma alta de 231% ante o mesmo período de 2023 (US$ 64,6 milhões), de acordo com levantamento realizado pelo Ministério do Turismo, a partir de estatísticas do Banco Central.

Apenas entre os meses de agosto e outubro de 2024, o turismo brasileiro atraiu um total de US$ 86,8 milhões em investimentos estrangeiros diretos, um salto de 278% na comparação com os US$ 23,1 milhões arrecadados na mesma época de 2023.