"Se podemos nos guiar pela ciência é porque a democracia venceu", diz Lula em memorial do 8/1
Ministra Nísia Trindade e secretário-executivo, Swedenberger Barbosa, participaram de ato no Planalto alusivo aos dois anos da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes
Durante ato em memória aos episódios ocorridos em 8 de janeiro de 2023, data que marcou uma série de atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou que a guinada à ciência estabelecida pelo seu governo iniciado naquele ano representa uma vitória da democracia.
“Se hoje podemos nos guiar pela ciência e vacinar nossas crianças é porque a democracia venceu. Caso contrário, doenças já erradicadas como o sarampo e paralisia infantil estariam de volta. E novas pandemias repetiriam a tragédia da Covid-19, quando centenas de milhares de pessoas morreram pela demora na compra de vacinas e pelas fake news contra os imunizantes”, disse o presidente, em solenidade realizada nesta quarta-feira (8), no Palácio do Planalto, em Brasília.
O foco na vacinação citado pelo presidente culminou em aumento das coberturas no Brasil. O Ministério da Saúde registrou, até novembro de 2024, aumento de 15 das 16 vacinas recomendadas para o público infantil. O aumento médio foi de 17 pontos percentuais em relação ao registrado em 2022.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o secretário-executivo do Ministério, Swedenberger Barbosa, também participaram da cerimônia, que foi encerrada com o Abraço da Democracia, realizado na Praça dos Três Poderes.
Também participaram da solenidade o presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin; o presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rêgo; a segunda secretária da Mesa Diretora da Câmara, deputada Maria do Rosário; além de chefes das Forças Armadas, titulares de tribunais superiores e outros ministérios, de autarquias e membros de movimentos sociais.
Defesa da democracia
O compromisso com a democracia foi um dos temas base do discurso da ministra da Saúde quando de sua posse no cargo, em janeiro de 2023 – seis dias antes dos ataques extremistas em Brasília. “Sou, portanto, herdeira da luta pela democracia, pelos direitos consignados na Constituição Cidadã, entre eles o direito à Saúde,” destacou Nísia, contando sua trajetória como sendo alguém parte de uma geração que viveu desde os primeiros anos da infância a privação dos direitos e da liberdade.
Assista ao evento desta quarta
Nathan Victor/Ministério da Saúde
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