Serviços de informação e comunicação mantêm forte crescimento no final do ano
Puxado principalmente por telecomunicações, portais e provedores de conteúdo, segmento cresce 1% em novembro e 6,4% ao longo do ano, firmando-se como destaque no setor de Serviços em 2024
No setor de Serviços, o segmento de informação e comunicação se destacou ao longo de 2024. Em novembro, ao mesmo tempo em que o resultado global em Serviços recuou 0,9% na comparação com o mês anterior, o mercado de comunicação teve alta de 1% e acumulou 6,4% de crescimento ao longo do ano. Comparado com novembro de 2023, o crescimento foi um pouco maior: 6,6%.
Os dados, da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), foram divulgados nesta quarta (15) pelo IBGE. Segundo o instituto, esse impulso se deveu aos serviços de telecomunicações, portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet, e também pelos serviços de desenvolvimento e licenciamento de softwares.
A queda global de 0,9% no setor de Serviços em novembro é minimizada pelo fato de que no mês anterior, outubro, a atividade havia registrado o maior volume desde janeiro de 2011, início da pesquisa do IBGE, dilatando a base de comparação. Assim, o setor de serviços está 16,9% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020).
O acumulado do ano no setor, comparado a 2023, cresceu 3,2%, com taxas positivas em quatro das cinco atividades e em 61,4% dos 166 tipos de serviços abrangidos pela PMS. Em novembro, além de informação e comunicação, outros serviços (1,8%) e serviços prestados às famílias (1,7%) também mostraram avanços na comparação com outubro.
Comparação com ano passado
Em relação a novembro de 2023, o setor de serviços cresceu 2,9%, seu oitavo resultado positivo nessa comparação. Essa alta foi acompanhada por quatro das cinco atividades e por 56,0% dos 166 serviços investigados. Além de informação e comunicação (6,6%) e os demais avanços vieram dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,7%), dos serviços prestados às famílias (5,0%) e dos serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%).
A única influência negativa veio de outros serviços (-1,0%), devido à redução das receitas de serviços financeiros auxiliares, das atividades de apoio à agricultura e da coleta de resíduos não perigosos.
No acumulado de 11 meses, comparado a 2023, o setor de Serviços cresceu 3,2%, com taxas positivas em quatro das cinco atividades e em 61,4% dos 166 tipos de serviços abrangidos pela PMS. As contribuições positivas mais importantes vieram de dois setores. O primeiro, de informação e comunicação, cresceu 6,4% e
O segundo setor foi o de serviços profissionais, administrativos e complementares, que cresceu 6,7% com contribuições dos segmentos de agenciamento de espaços de publicidade; atividades jurídicas; e intermediação de negócios por aplicativos ou plataformas de e-commerce . Outros avanços vieram dos serviços prestados às famílias (4,7%) e dos outros serviços (1,9%).
Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, explica que “os serviços mostram o protagonismo do setor de Informação e Comunicação, que lidera tanto no segmento de telecomunicações (5,2%) como também nos serviços de tecnologia da informação (7,9%)”.
Turismo e transporte
Em novembro de 2024, após chegar ao ponto máximo na série histórica da PMS, o índice de atividades turísticas recuou 1,8% frente a outubro. Dessa forma, o volume dessas atividades está 11,1% acima do patamar de fevereiro de 2020.
Onze dos 17 locais mostraram taxas negativas frente a outubro. A influência negativa mais relevante ficou com São Paulo (-2,6%), seguido por Paraná (-2,3%), Pará (-6,9%) e Ceará (-3,7%). Já os destaques positivos foram Rio Grande do Sul (6,6%), Rio de Janeiro (0,8%) e Goiás (3,5%).
Na comparação com novembro de 2023, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 9,2%, sua sexta alta consecutiva. Houve taxas positivas em 15 das 17 UFs onde o indicador é investigado, com destaque para São Paulo (7,9%), Rio de Janeiro (10,5%), Bahia (14,2%), Paraná (13,6%) e Santa Catarina (15,9%). Os dois impactos negativos do mês vieram do Rio Grande do Sul (-0,7%) e de Mato Grosso (-1,2%).
Para o gerente da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, “a alta dos preços das passagens aéreas em novembro exerceu uma pressão negativa importante sobre a receita real das companhias aéreas, o que acabou trazendo um reflexo negativo relevante sobre o indicador especial de turismo neste mês”.
Em novembro de 2024, o volume de transporte de passageiros no Brasil recuou 3,4% frente a outubro, na série com ajuste sazonal. Com isso, o segmento está 7,9% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 16,6% abaixo do ápice da série histórica (fevereiro de 2014).
Já o transporte de cargas caiu 1,4% e está 6,6% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023) e 34,2% acima do nível pré-pandemia.
Com informações do IBGE
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