Nos festejos de Iemanjá, em Salvador, Margareth Menezes ressalta relação entre cultura e meio ambiente
Ao lado da titular da Cultura estiveram o governador do Estado, Jerônimo Rodrigues, e a presidenta da Funarte, Maria Marighella
Uma das mais importantes e tradicionais celebrações culturais e religiosas da Bahia, os Festejos de Iemanjá completam 103 anos em 2025. A comemoração, realizada neste domingo (2/1), reuniu milhares de pessoas no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. Entre eles, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, o governador do Estado, Jerônimo Rodrigues, e a presidenta da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Maria Marighella.
Em sua fala, a titular da Cultura ressaltou a relação entre cultura e meio ambiente. “Vamos cuidar bem e aproveitar essa festa que a gente faz para o mar. Uma festa de excelência, colocar presentes biodegradáveis para gente poder fazer a nossa reverência de consciência limpa. Não vamos sujar o mar”, disse.
E completou: “Tenho dito que, enquanto alguns lugares já estão no fim do mundo, nós temos a possibilidade de reverter isso, de vir no movimento contrário, o Brasil tem essa possibilidade. Eu acho que é uma grande força para todos nós, seres humanos, mover essa fazer essa grande corrente para salvar, principalmente, a humanidade. O planeta está aqui para nós vivermos”.
Já o governador baiano destacou como cultura e respeito às religiões se tornaram importantes marcas dessa tradição. “É um dia também de sincretismo e de respeito, primeiramente. Aqui cada um tem a sua fé, o seu jeito de cultuar, suas crenças, mas é também um dia muito forte da cultura baiana”, disse.
Festejo
Em 2024, a festa reuniu um milhão de pessoas. A estimativa é que nos festejos deste ano, que tem como o lema Renascer com as Águas de Yemanjá, a participação popular seja ainda maior.
Ao longo do dia, a população poderá depositar presentes à Iemanja diretamente no mar ou nos balaios distribuídos no barracão da festa, no Rio Vermelho. Em seguida, os pescadores da colônia levarão as oferendas às águas. A tradição começou exatamente com eles, no ano de 1923, quando, em busca de proteção e fartura, decidiram presentear a rainha do mar com flores e perfumes.
Patrimônio
Celebração da cultura afro-brasileira, o Dia de Iemenjá foi reconhecido patrimônio imaterial da capital baiana pela Fundação Gregório de Mattos em 2020.
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