Mulheres no esporte: ministério lança campanha por respeito, igualdade e vitórias
Durante todo o mês de março o Ministério do Esporte trabalhará a campanha "Respeite. Ou assista a gente vencer” em homenagem às mulheres

Respeito com as mulheres é mais do que um princípio; é um compromisso que deve ser reafirmado diariamente. Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, celebramos a força, a coragem e as conquistas femininas em diversas áreas, com destaque para o esporte, onde atletas brasileiras desafiam limites e provam seu talento.
A campanha do Ministério do Esporte, "Respeite. Ou assista a gente vencer.", é um recado direto: ou as mulheres são reconhecidas e respeitadas, ou aqueles que duvidam terão que presenciar suas vitórias. E o MEsp tem trabalhado para impulsionar a participação feminina, desde o esporte de base até o alto rendimento. Todos os projetos e programas fomentados pela pasta têm como regra a participação de, no mínimo, 50% de meninas e mulheres.
Na Secretaria Nacional de Excelência Esportiva (SNE), o protagonismo feminino é impulsionado por meio de iniciativas concretas, como o Programa Revelar Talentos, que, em apenas 10 meses, já atende 423 atletas femininas em 15 estados, promovendo o desenvolvimento do esporte de base e a formação de novas campeãs em modalidades como atletismo, judô, ginástica rítmica, boxe, remo, vôlei, skate e escalada.
O Dia Internacional da Mulher é um momento para reafirmarmos o compromisso com a equidade de gênero no esporte. As mulheres atletas têm demonstrado garra, superação e talento em diversas modalidades, e cabe a nós, gestores, garantir que elas tenham as condições necessárias para alcançar o mais alto nível.”, diz Iziane Marques, secretária Nacional de Excelência Esportiva
“O Dia Internacional da Mulher é um momento para reafirmarmos o compromisso com a equidade de gênero no esporte. As mulheres atletas têm demonstrado garra, superação e talento em diversas modalidades, e cabe a nós, gestores, garantir que elas tenham as condições necessárias para alcançar o mais alto nível”, destaca a secretária da SNE, Iziane Marques.
O Ministro do Esporte, André Fufuca, também reforça esse compromisso: “Nossa gestão tem priorizado a inserção de meninas e mulheres na prática esportiva. Nosso compromisso é garantir que elas tenham as mesmas oportunidades, visibilidade e respeito que merecem, construindo assim um ambiente mais inclusivo e justo para todos”.
Um exemplo dessas ações foi a conquista da realização da Copa do Mundo de Futebol Feminina em 2027 e a histórica participação das mulheres nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, onde, pela primeira vez, elas foram maioria na delegação brasileira. Destacaram-se nomes como Rebeca Andrade, Beatriz Souza, Ana Patrícia e Duda, que subiram ao pódio. No paradesporto, atletas como Carol Santiago também brilharam, mostrando que o talento feminino não tem limites.
A pasta também fortalece o esporte feminino por meio de parcerias, como a Copa da Liga de Basquete Feminino (LBF) e a Copa do Mundo de Ginástica, que contará com 320 mulheres competindo. Além disso, o Bolsa Atleta, um dos maiores programas de patrocínio esportivo do mundo, tem sido ampliado para atender cada vez mais mulheres. Em 2024, 4.045 mulheres foram contempladas (44% do total de beneficiários), e para 2025, esse número aumentou para 4.371 atletas, incluindo 21 gestantes ou puérperas.
“Nossas ações demonstram nosso compromisso com a permanência das mulheres no esporte em todas as fases de suas vidas. Seguimos ampliando essas oportunidades, garantindo que meninas e mulheres possam sonhar e prosperar no esporte. O caminho para a equidade passa por políticas públicas eficazes, e estamos trabalhando para que o Brasil continue sendo referência no desenvolvimento do esporte feminino”, reforça Iziane Marques.
Mulheres no Paradesporto
As barreiras ainda persistem, especialmente para as mulheres com deficiência, que enfrentam desafios adicionais. Segundo dados da PNAD, das 18,6 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, mais da metade são mulheres (10,7 milhões), representando 10% da população feminina do país.
“O cenário da mulher no esporte ainda é muito desigual. Apesar da equiparação no número de participantes em modalidades olímpicas, a desigualdade ainda é evidente no patrocínio, tratamento, valorização e salários. No caso das mulheres paralímpicas, a realidade é ainda mais desafiadora”, destaca Nayara Araújo, diretora de Projetos Paradesportivos.
A Secretaria Nacional do Paradesporto tem implementado medidas para ampliar o acesso feminino ao esporte. Seja por fomentos para entidades via Lei de Incentivo ao Esporte, emendas parlamentares ou pelo PPBR, uma regra garante que pelo menos 50% das vagas sejam destinadas a mulheres. “Acreditamos que essas medidas podem auxiliar na construção de um cenário mais equitativo”, conclui Nayara.
O esporte é uma poderosa ferramenta de inclusão e transformação social. O reconhecimento e o respeito às mulheres devem ser prioridades. Com investimentos, programas e políticas públicas eficazes, o Brasil segue na direção de um futuro mais igualitário e justo para todas as mulheres no esporte.
Por Ministério do Esporte
A reprodução é gratuita desde que citada a fonte