Em entrevista ao “Bom Dia, Ministro”, Wellington Dias destaca avanços do Acredita no Primeiro Passo e do CadÚnico
Até fevereiro, Acredita no Primeiro Passo ofertou mais de R$ 726 milhões, beneficiando 87 mil pessoas no Brasil

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, foi o convidado do “Bom Dia, Ministro” desta terça-feira (15.04). Durante a entrevista com radialistas de várias regiões do país, ele destacou o desempenho do Programa Acredita no Primeiro Passo e do Cadastro Único, responsável por ocupar 58,6% das 432 mil vagas com carteira assinada geradas pelo Brasil em fevereiro.
Até fevereiro deste ano, o Acredita no Primeiro Passo já havia injetado R$ 726,41 milhões em pequenos negócios no Brasil por meio de empréstimos com taxas de juros mais baixas, beneficiando 87 mil pessoas. A iniciativa do Governo Federal tem objetivo de apoiar o potencial empreendedor de inscritos no Cadastro Único (CadÚnico).
“A gente financia os pequenos para a abertura de um negócio. ‘Eu quero montar um salão de beleza’, ‘eu quero montar uma oficina mecânica’, ‘eu me formei em jornalismo e quero montar um portal’, ‘sou do Bolsa Família e me formei em odontologia, mas não tenho dinheiro do consultório’. Então, não estou falando daquela situação que a gente tipicamente conhece”, exemplificou o ministro sobre o Acredita.
Oportunidade para o CadÚnico
Outro tópico sublinhado por Wellington Dias durante a entrevista foi empregabilidade, já que o público do CadÚnico foi responsável por ocupar 58,6% das cerca de 432 mil vagas com carteira assinada geradas pelo Brasil, em fevereiro. O ministro alegou que o resultado é explicado por alterações nas regras do Bolsa Família implementadas na retomada do programa pelo Governo Federal, em 2023.
“O presidente fez uma profunda mudança em um critério: quando alguém assina a carteira de trabalho, isso não é motivo por si só para cancelar o benefício. Na verdade, o objetivo é ajudar a pessoa a alcançar a superação da pobreza. Antes, o beneficiário tinha medo, porque quando alcançava determinada renda, saía do programa e, se perdia lá na frente o emprego, tinha uma fila do tamanho do mundo, o que também alteramos”, afirmou.
A partir das mudanças, quem entra no Bolsa Família só sai quando alcança uma renda que marca a superação da pobreza. E, se perde essa renda, volta automaticamente ao ao programa. “O sazonal, aquela pessoa que trabalha um mês e ganha, muitas vezes, um salário elevado, de primeiro saía só por conta do salário daquele mês. Agora, a gente divide esse salário por 12 meses. Pegamos a média da renda do ano e, a partir daí, definimos a renda por pessoa da família”, relatou o titular do MDS.
Entre as inovações está a chamada Regra de Proteção, estabelecida pelo MDS para assegurar que, mesmo elevando a renda a partir da conquista de um emprego, ou pelo empreendedorismo, a família beneficiária não precise deixar imediatamente o Programa Bolsa Família.
A medida vale para as famílias com elevação de renda acima do limite de entrada no programa, R$ 218 per capita, para até meio salário mínimo por componente familiar. O objetivo é garantir um período de maior estabilidade financeira e a saída da linha de pobreza de forma consistente, apoiando a entrada no mercado de trabalho ou o empreendedorismo, sem retirar totalmente a proteção às famílias. Em abril de 2025, esse parâmetro vale para mais de três milhões de famílias inscritas no Bolsa Família.
Ações sociais na COP30
Ainda no bate-papo com radialistas de várias regiões do país, Wellington Dias detalhou as ações sociais que estão sendo preparadas em antecedência à COP30, a conferência da ONU sobre mudança do clima, que será em Belém (PA), em novembro. “Vamos cuidar da floresta, dos animais, das aves, mas cuidar de modo dedicado das pessoas que vivem naquela região amazônica”, afirmou, numa perspectiva do legado que o país pretende deixar em torno do evento.
O ministro abordou o programa Floresta Produtiva, que tem como objetivo aproveitar áreas onde houve incêndios ou situações de desmatamento e realizar a recomposição responsável e que incentive a produção de alimentos típicos das regiões. “Que tal se a gente com produtos, plantas da própria região, trabalhar a produção de castanha, açaí, guaraná, cacau, cupuaçu, bacuri, um conjunto de produtos de grande valor comercial, e plantas que geram base para fármacos, medicamentos, cosméticos? Quem vai derrubar uma floresta que gera riqueza?”, defendeu Wellington Dias.
Bom Dia, Ministro
Participaram do programa a Rádio Nacional Brasília, Amazônia e Alto Solimões/EBC; o Rádio Liberal (Belém/PA); Rádio Clube News FM (Teresina/PI); Rádio Antena 1 (Salvador/BA); Rádio Jornal (Recife/PE); Rádio Educadora (Montes Claros/MG); Rádio Paiquerê (Londrina/PR).
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