Los Angeles 2028: Olimpíada terá maioria feminina e novas provas
Entre as novidades para os Jogos Olímpicos, destacam-se o aumento no número de seleções no futebol feminino e a inclusão de provas mistas em várias modalidades

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta quarta-feira (9/4) mudanças importantes no programa dos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028. Entre as novidades, destacam-se o aumento no número de seleções no futebol feminino, a redução no masculino e a inclusão de provas mistas em várias modalidades.
Para o Ministério do Esporte, o anúncio representa um avanço significativo no esporte de alto rendimento, especialmente em relação à igualdade de gênero, que agora se concretiza com a paridade entre equipes femininas e masculinas em todas as modalidades coletivas. “É um marco histórico para o movimento olímpico e um sinal claro de que estamos no caminho certo ao investir na formação e valorização das mulheres no esporte”, afirmou a secretária de Excelência Esportiva, Iziane Marques.
Ao todo, a próxima edição da Olimpíada contará com 351 eventos valendo medalha, 22 a mais que Paris 2024. Além disso, Los Angeles incluirá cinco novas modalidades esportivas: beisebol/softbol, críquete, flag football, lacrosse e squash. Juntos, esses esportes receberão quase 700 atletas, sendo 376 homens e 322 mulheres. No total, com os novos esportes o número de atletas passa para 11.198, sendo 5.655 vagas femininas (50,5%) e 5.543 masculinas (49,5%).
Seis provas mistas também passam a integrar o programa olímpico: tiro com arco, atletismo (com o revezamento 4x100m misto), golfe, ginástica, remo e tênis de mesa. No total, serão 161 disputas femininas, 165 masculinas e 25 mistas. “A ampliação de categorias é uma oportunidade que desafia e inspira o nosso sistema esportivo a evoluir”, destaca Iziane.
Uma mudança simbólica e histórica será a igualdade total no número de seleções nos esportes coletivos, o polo aquático, por exemplo, terá 12 equipes femininas, o mesmo número do masculino. E no futebol, um marco, o torneio feminino terá mais seleções que o masculino, serão16 contra 12. Em Paris 2024, era o contrário.
“Nosso papel, enquanto Secretaria e Ministério do Esporte, é justamente preparar o Brasil para esse novo cenário, oferecendo suporte técnico e estrutural para que nossos atletas cheguem a Los Angeles com alto nível de competitividade e representatividade. Estamos atentos às tendências e comprometidos com a excelência”, completa a secretária.
No Ministério do Esporte e no Governo Federal, as mudanças realizadas pelo COI fortalecem ainda mais as políticas públicas voltadas aos atletas de alto rendimento, como o Bolsa Atleta, o Revelar Talentos, o apoio e incentivo ao futebol feminino e os projetos da base à transição, que já promovem oportunidades iguais com a inclusão de, no mínimo, 50% de meninas e mulheres nos programas e projetos apoiados.
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