Turismo

Ministério do Turismo recebe Rede Kuywa Inare durante o Acampamento Terra Livre

O encontro foi marcado por uma roda de conversa com lideranças indígenas que atuam diretamente no desenvolvimento do etnoturismo em seus territórios

Agência Gov | Via MTur
10/04/2025 13:12
Ministério do Turismo recebe Rede Kuywa Inare durante o Acampamento Terra Livre

Brasília é palco, nesta semana, da Assembleia dos Povos e Organizações Indígenas do Brasil, conhecida como Acampamento Terra Livre (ATL). Pela primeira vez, o Ministério do Turismo (MTur) abriu suas portas para receber um coletivo indígena durante o evento: a Rede Kuywa Inare.

O encontro foi marcado por uma roda de conversa com lideranças indígenas que atuam diretamente no desenvolvimento do etnoturismo em seus territórios. Segundo a coordenadora-geral de Turismo Sustentável e Responsável do MTur, Carolina Fávero, foi o primeiro passo para o diálogo oficial entre o ministério e um coletivo inteiramente formado por representantes indígenas dedicados a atividade turística.

“Apesar da Rede Kuywa Inare ainda está em fase inicial de organização, é fundamental que as lideranças indígenas se apropriem desse coletivo, se organizem internamente, formem seu conselho administrativo e comecem a se estruturar nacionalmente. Isso permitirá que se fortaleçam e tenham sua voz potencializada dentro do setor do turismo, tanto em âmbito nacional quanto internacional. Foi um momento histórico”, afirmou a coordenadora.

Para fortalecer a estruturação do setor nas comunidades indígenas e alcançar maior destaque no desenvolvimento do etnoturismo no Brasil, o Ministério do Turismo lançou o projeto "Brasil, Turismo Responsável". A iniciativa é uma parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que está mapeando os locais que trabalham que já desenvolvem uma atividade ligada ao setor, para catalogar e disseminar as boas práticas. O mapeamento está em fase final e deve ser divulgado no segundo semestre de 2025.

Outro apoio do Ministério é a autonomia dos indígenas, com a disponibilização, por exemplo, de capacitação. O objetivo é possibilitar que, de forma sustentável e responsável, a atividade turística potencialize a geração de renda, emprego e inclusão nesses locais, além de permitir o reconhecimento e a valorização das histórias, tradições e saberes indígenas, garantindo o protagonismo e o respeito aos povos originários.

O ENCONTRO - O Ministério do Turismo organizou a roda de conversa com as lideranças indígenas da Rede Kuywa Inare (Rede Nacional Indígena de Etnoturismo), por meio da Assessoria de Participação Social e Diversidade (ASPADI). “Aproveitamos a Assembleia dos Povos e Organizações Indígenas do Brasil para dar luz as ações que o Ministério vem fazendo para fortalecer essas comunidades pelo país”, afirmou o coordenador de Apoio Administrativo da ASPADI, Rodrigo Moreles.

Maria Pimentel, indígena do território Potiguara Katu do Rio Grande do Norte, falou um pouco sobre a iniciativa. “A ideia é aumentar a representatividade e dar visibilidade aos povos originários no poder de governança. Isso é muito importante para nós, enquanto indígenas. O MTur está abrindo essa porta, pois vivemos em um processo de resistência”, disse. E completou: “Enquanto povos indígenas, nós somos os protetores da nossa mata nativa. Através do turismo, também é uma forma de resistir e mostrar que existimos”, finalizou.

Por Fábio Marques
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo

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