'Educação e ciência são os melhores remédios contra desinformação', diz presidente da Capes

Ao participar da abertura da segunda edição da Conferência Livre: Ciência pela Integridade da Informação, nesta terça-feira (6/5), a presidente da Capes, Denise Pires de Carvalho, ressaltou que o grande desafio da atualidade é fazer com que a sociedade entenda e debata a verdade dos fatos e não trate a pesquisa com desconfiança. “A educação de qualidade e a ciência são os melhores remédios contra a desinformação”, enfatizou.

A presidente da Capes reforçou a ideia de que a ciência não pode ser tratada como religião ou crença. “A ciência é conhecimento e é algo confiável, e isso precisa ser transmitido para a população em todos os níveis, da educação fundamental à pós-graduação”, afirmou. “No momento no qual o planeta chega a mais de 8 bilhões de habitantes, não há como questionarmos, por exemplo, a eficácia das vacinas, dos antibióticos. O aumento populacional foi decorrente dessas descobertas científicas, completou.

A conferência, promovida pelo grupo Poliedro, do qual a Capes faz parte, se encerra nesta quarta-feira, 7 de maio, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília. O evento reúne representantes de instituições científicas, órgãos do governo e especialistas em informação, comunicação e tecnologia para discutir os desafios contemporâneos relacionados à desinformação e à promoção da integridade informacional.

Para Denise Pires de Carvalho, o enfrentamento da ideologização na ciência deve ser feito por meio de informações corretas, tratadas com integridade. “Por isso, o trabalho proposto por esse grupo é de grande importância, não só para o Brasil, mas para a humanidade”, disse. 

A Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).

Além da Capes e do CNPq, compõem o Poliedro o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O grupo foi formalizado em 2024, durante o evento paralelo do G20 “Integridade da Informação e Confiança no Ambiente Digital”, como uma rede de cooperação entre instituições relevantes do sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação para promover a integridade da informação.

Também participaram da mesa de abertura, o presidente do CNPq, Ricardo Galvão; a presidente do Ipea, Luciana Servo; o secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, João Brant; o diretor do Ibict, Tiago Braga; o diretor do Departamento de Projetos e de Políticas de Direitos Coletivos e Difusos do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Vitor de Lima Guimarães; e o chefe de gabinete da Presidência da Finep, Fernando Peregrino.

O objetivo do trabalho é contribuir para a formulação de políticas públicas voltadas ao enfrentamento da desinformação, ao fortalecimento da democracia e à valorização da ciência como eixo estruturante do desenvolvimento social.