Educação

Cinco caminhos para o ensino superior que começam com o Enem

Exame é a principal porta de entrada no país para instituições de ensino superior. Notas são usadas nas seleções do MEC: Sisu, Prouni e Fies. Inscrições começam nesta segunda-feira (26/5) e seguem até 6/6

Agência Gov | Via MEC
27/05/2025 19:20
Cinco caminhos para o ensino superior que começam com o Enem
Paulo Pinto/Agência Brasil

Realizado pelo Ministério da Educação (MEC), através do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) abriu inscrições nesta segunda-feira, 26 de maio. Os candidatos poderão se inscrever exclusivamente através da Página do Participante , até o dia 6 de junho. As provas objetivas e de redação serão aplicadas nos dias 9 e 16 de novembro.

Criado em 1998, o Enem faz uma avaliação do desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo dessas mais de duas décadas, o exame se tornou a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) .

As inscrições para os três processos seletivos do primeiro semestre de 2026 acontecem em períodos distintos, sendo um seguido do outro, na seguinte ordem cronológica: Sisu, Prouni e Fies. Depois disso, os cronogramas seguem simultaneamente, ou seja, o resultado final de uma seleção pode sair só depois do término do período das inscrições de outra. Por isso, quem se inscreve em todas as seleções tem mais chances de ser aprovado.

Confira detalhes sobre as seleções

Sisu – Quem faz o Enem pode se inscrever para concorrer a vagas em instituições públicas de ensino superior pelo Sisu. A maioria das instituições participantes são universidades e Institutos Federais. Na última edição, foram ofertadas 261.779 vagas para 6.851 cursos de graduação em 124 instituições de todas as regiões do país.

A seleção é feita com base na média das notas obtidas no exame, respeitando o limite de vagas disponíveis para cada curso e modalidade de concorrência, e leva em conta os perfis social e econômico dos estudantes conforme a Lei de Cotas (Lei nº 12.711/2012) .

Poderá participar da seleção do Sisu em 2026 quem fizer o Enem em 2025 e não zerar a redação. Também é preciso ter o ensino médio completo, ou seja, treineiros não podem se inscrever no Sisu.

Prouni – O Prouni oferece bolsas de estudo integrais (100%) e parciais (50%) para graduação em instituições privadas. O público-alvo do programa é o estudante sem diploma de nível superior.

Para concorrer à bolsa integral, é preciso ter renda familiar bruta mensal de até um salário mínimo e meio por pessoa. Para a bolsa parcial, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa. Os candidatos também precisam atender a outras condições, como ter feito o ensino médio em escola pública ou ter sido bolsista em escola particular, entre outras. Além dos critérios socioeconômicos, é preciso ter feito o Enem nos últimos dois anos, ter nota média superior a 450 pontos e ter tirado acima de 0 na redação. As inscrições para a edição do segundo semestre de 2025 se abrem em breve, e quem realizou as provas em 2023 ou 2024 pode participar.

Para se inscrever nos processos seletivos do Prouni de 2026, o estudante poderá utilizar as notas do Enem de 2025 ou 2024. Em todos os processos seletivos, o candidato pode optar por concorrer às bolsas destinadas à ampla concorrência ou às cotas para pessoas com deficiência e autodeclaradas indígenas, pardas ou pretas.

Neste ano, o Prouni completa 20 anos, com mais de 3,5 milhões de estudantes beneficiados entre 2005 e 2025, sendo 2,5 milhões com bolsas integrais. Do total, a maioria é de mulheres (57%) e negros (55%). Atualmente, 651.390 estudantes contam com bolsas do Prouni para cursar o ensino superior. Eles estão matriculados em 1.856 instituições privadas de ensino superior.

Fies – As notas do Enem também podem ser usadas para concorrer a vagas ofertadas para o ensino superior pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que possibilita a estudantes de baixa renda cursar faculdades particulares por meio de financiamento, que começa a ser cobrado após a conclusão do curso. Desde 2024, o Fies reserva vagas para candidatos autodeclarados pretos, pardos, indígenas e quilombolas, assim como para pessoas com deficiência (PCDs).

Para participar, é preciso ter renda familiar mensal bruta por pessoa de até três salários mínimos. A nova edição do programa, o Fies Social, reserva metade das vagas para estudantes com renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Com o Fies Social, é possível financiar até 100% do valor dos cursos, até o limite dos valores exigidos por tipo de curso. Para participar, o estudante precisa ter feito o Enem, qualquer edição desde 2010, obter nota média superior a 450 pontos e não zerar a redação.

Neste ano, são ofertadas mais de 112 mil vagas, em dois processos seletivos do Fies. O primeiro, para cursos com início das aulas no primeiro semestre, foi encerrado recentemente. O segundo, para aulas que têm início no segundo semestre.

Seleções próprias – Além disso, os resultados individuais do Enem podem ser utilizados como critério único ou complementar de processos seletivos próprios realizados por cada instituição de ensino, seja pública ou privada.

Universidades portuguesas – Os resultados individuais do Enem também podem ser aproveitados em processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep para aceitar as notas do exame. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.

 

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