Social e Políticas Públicas

Escolas do Marajó ganham 260 cisternas com apoio do MDS

Projeto de R$ 7,3 milhões beneficia 17 municípios da ilha paraense, garantindo abastecimento de água mesmo nos períodos de seca

Agência Gov | Via MDS
05/05/2025 17:30
Escolas do Marajó ganham 260 cisternas com apoio do MDS

“Quando a energia acabava, a água sumia. Não dava para cozinhar, limpar os banheiros ou manter a higiene. Antes, a falta de água nos obrigava a dispensar os alunos”. O depoimento da diretora Lizia Raquel Gomes, da Escola Municipal de Joanes, em Salvaterra, no arquipélago do Marajó (PA), sintetiza o drama vivido por dezenas de escolas rurais da região, que agora será superado com a instalação de 260 cisternas. Essas tecnologias sociais foram entregues, nesta segunda-feira (5.05), pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.

Com investimento de R$ 7,3 milhões, o sistema de captação de água da chuva vai garantir abastecimento contínuo para alunos, funcionários e comunidades vizinhas das escolas beneficiadas. A tecnologia inclui bombas e tratamento de água, permitindo seu uso para consumo, higiene, alimentação e até irrigação de hortas escolares.

Durante o inverno amazônico, os seis meses de chuvas intensas na região, as cisternas armazenam água suficiente para suprir as necessidades das escolas no período de estiagem. “Não é só pegar a água da chuva e beber. Aprendemos a limpar a cisterna, usar os equipamentos e garantir água segura”, explica Siane Cristina da Silva Lopes, merendeira que recebeu a capacitação para o uso das cisternas pelo projeto.

O ministro Wellington Dias reforçou o compromisso do Governo Federal com a região. “É uma tecnologia fácil, a própria comunidade aprende como funciona. Garante água, com tratamento e distribuição. Essa entrega de hoje é só o começo. A ordem do presidente Lula é trabalhar com todos os municípios do Marajó”, disse.

As cisternas, com capacidade de 10 mil litros cada, foram distribuídas em 17 municípios para atender as escolas da ilha do Marajó: Afuá (16), Anajás (16), Bagre (15), Breves (15), Cachoeira do Arari (15), Chaves (15), Curralinho (15), Gurupá (17), Melgaço (15), Muaná (15), Oeiras do Pará (15), Ponta de Pedras (21), Portel (15), Salvaterra (21), Santa Cruz do Arari (14), São Sebastião da Boa Vista (16) e Soure (4).

Além dos alunos, as cisternas vão beneficiar moradores do entorno. “Se faltar energia, o poço artesiano para de funcionar. Então, no momento que parar, muitas pessoas das casas aqui perto podem vir à escola e captar essa água para o seu consumo, higienização e fazer seu alimento”, destaca Siane Cristina.

"Hoje, com este projeto tão importante, as crianças vão ficar na escola. Não vão mais para casa. A escola vai ficar sempre limpa. É muito bom ter água”, finaliza a diretora da escola Lizia Raquel Gomes.

A entrega contou com a presença do prefeito de Salvaterra, Valentim Lucas; do secretário de estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda do Pará, Inocêncio Renato Gasparim; da secretária Extraordinária de Combate à Pobreza e Fome do MDS, Luiza Trabuco, do deputado federal Airton Faleiro; do superintendente da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), Paulo Rocha; além de parlamentares estaduais.

Programa Cisternas

O Programa Cisternas tem como objetivo promover o acesso à água para consumo humano e produção de alimentos através da implementação de tecnologias sociais simples e de baixo custo. Estabelecido como política pública desde 2003, é regulamentado pela Lei nº 12.873 de 2013, pelo Decreto nº 9.606 de 2018, e por várias portarias e instruções normativas.

Destina-se a famílias rurais de baixa renda e a equipamentos públicos rurais afetados pela seca ou falta de água, com prioridade para povos e comunidades tradicionais.

 

 

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