'Nunca se fez tanta concessão de infraestrutura como nos dias de hoje', afirma Rui Costa
Ao participar de evento que marcou investimentos de R$ 1,5 bilhão, pelo Novo PAC, para os portos de Aratu e de Ilhéus, ministro da Casa Civil defendeu redução de custos de produção e foco em tecnologia para infraestrutura brasileira

O Governo Federal deu mais um passo em direção à ampliação da capacidade do país de armazenar e movimentar a produção agroindustrial brasileira. Com recursos que fazem parte da carteira do Novo PAC, foram anunciados investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão nos portos de Aratu (BA) e de Ilhéus (BA), por meio de contratos já em vigor com o Ministério de Portos e Aeroportos, para a gestão de terminais de granéis sólidos minerais e vegetais.
Durante o evento ocorrido em Salvador, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacou a importância da parceria com a iniciativa privada no atual momento de competitividade no cenário internacional. "Os custos são fundamentais para saber quem vai sobreviver nesse novo cenário. E reduzir custos e investir em tecnologia são a palavra-chave. Investir em logística é fundamental e, eu diria, imprescindível, se nós quisermos sobreviver", afirmou.
"Nesses dois anos e cinco meses de governo, o Brasil fez o maior volume de concessões da história deste país. Nunca, em nenhum momento, se fez tanta concessão. Somente em rodovias, nós faremos mais de 50 leilões nos quatro anos de gestão. A mesma coisa na área de portos, de aeroportos. Portanto, nós temos que comemorar esses resultados", avaliou.
Será destinado R$ 1,3 bilhão ao porto de Aratu para a ampliação e modernização de terminais para granéis sólidos e granéis vegetais e também para construção de um novo píer para movimentação de líquidos por embarcações com mais de 215 metros de comprimento. Já em Ilhéus, serão investidos R$ 130 milhões para a reativação do Moinho de Trigo da unidade portuária. Com o retorno das operações, a previsão é que a receita operacional seja de R$ 229 milhões em até cinco anos.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, também exaltou a robustez dos valores anunciados. "Esse investimento é fundamental para o desenvolvimento da Bahia e vai gerar mais de 1.500 empregos em toda a região, entre diretos e indiretos, sobretudo fortalecendo a região de Aratu", disse, antecipando ainda a previsão de que concessão que irá permitir a dragagem do canal que dá acesso ao porto de Salvador.
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- Melhoria da estrutura irá viabilizar o crescimento do agronegócio no oeste baiano, que enfrentava limitações logísticas - Foto: Henrique Raynal/Casa Civil
Rui Costa elencou as vantagens de se substituir licitações que antes eram judicializadas e canceladas por um modelo mais moderno e permanente. "Ao invés de licitar cada dragagem a cada ano, dois, três anos, o que nós queremos é fazer uma concessão por 30 anos, não só aqui, mas em outros portos. Com isso, nós ganhamos agilidade, segurança de navegabilidade e perenidade do calado permanente em todos os portos", explicou.
O ministro destacou também os investimentos em rodovias, que estavam paralisados, e na bacia do São Francisco. Também participaram da cerimônia o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues; o senador Jaques Wagner; o diretor-presidente da Autoridade Portuária da Bahia (Codeba), Antonio Gobbo; dentre outras autoridades.
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