Social e Políticas Públicas

'Onde chega a água, chega o desenvolvimento', diz Waldez Góes sobre Projeto de Integração do Rio São Francisco

Comitiva do Caminho das Águas percorre a trilha da Transposição do Velho Chico a partir deste domingo (25), com visitas técnicas em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará

Thays de Araújo | Agência Gov
25/05/2025 16:15
'Onde chega a água, chega o desenvolvimento', diz Waldez Góes sobre Projeto de Integração do Rio São Francisco
Divulgação/MIDR
Eixo Norte do PISF é ponto de partida da comitiva do Caminho das Águas

O Governo Federal vai percorrer a trilha do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) com visitas técnicas, além da inauguração de um sistema de abastecimento de água em Mauriti (CE). O ponto inicial do Eixo Norte do projeto será também o ponto de partida da comitiva do Caminho das Águas. O grande evento teve início neste domingo (25/5), em Cabrobó (PE).

Em entrevista à Voz do Brasil, na última sexta-feira (23), o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, falou sobre o percurso a ser percorrido.


Eu começo por Pernambuco, eu vou exatamente onde começa a captação da água, em Cabrobó, que é o município que começa a transposição do São Francisco. De lá vou em Terra Nova, também em Pernambuco, depois sigo ao Ceará, em Mauriti e o Cinturão das Águas. [Em seguida] retorno para Pernambuco para receber o presidente Lula, que vai passar um dia comigo no Caminho das Águas", explicou o ministro.


A comitiva visitará a estrutura que marca o início dos 260 km de extensão percorridos pelo Eixo Norte, responsável por levar água a 237 municípios em Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. A obra beneficia 8,1 milhões de pessoas e foi iniciada em 2008, sendo concluída em 2015, durante o segundo governo Dilma Rousseff.

A primeira etapa do evento termina em Salgueiro (PE), na quarta-feira (28). Na ocasião, é esperada a presença do presidente Lula na assinatura da Ordem de Serviço para a duplicação da Estação de Bombeamento EBI-3, no Ramal do Salgado. "Nesse dia, nós vamos dar ordem de serviço para garantir a duplicação do Eixo Norte, o bombeamento no Eixo Norte vai dobrar a quantidade por minuto e também inaugurar um trecho do Apodi, que vai beneficiar tanto o Rio Grande do Norte quanto a Paraíba", adiantou Waldez Góes.

A meta do projeto é beneficiar 12 milhões de pessoas em 390 municípios e 294 comunidades rurais. Para o ministro do MIDR, este número será ultrapasado. 


"A transposição é tão forte, e com a duplicação que nós vamos fazer agora no bombeamento, de determinada forma, a região metropolitana vai ser beneficiada. Então, a transposição, vai passando pelo pelo semiárido, vai beneficiando comunidades pequenas, pequenos distritos, municípios e vai se interligando com esses canais. Vou dar o exemplo aqui do CAC, que é o Canal das Águas do Ceará, o Cinturão das Águas do Ceará, que depois vai chegar no Castanhão, certo? E depois também beneficia a grande Fortaleza. A segurança hídrica que vai chegar até nas grandes cidadesE aí, se você botar no final as metrópoles, nós vamos muito além de 12 milhões de pessoas", detalhou.


A maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil e da América Latina, a Transposição do Rio São Francisco foi idealizada e iniciada no governo do presidente Lula. O projeto foi oficialmente lançado em junho de 2007, após décadas de debates sobre a necessidade de levar as águas do "Velho Chico" para regiões historicamente castigadas pela escassez de água.

Canais com água captada do Rio São Francisco correm por 477 quilômetros sertão adentro e já irrigam lavouras, abastecem casas, açudes e reservatórios em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Além desses grandes canais do PISF, outros projetos de segurança hídrica — como adutoras, ramais e reservatórios — estão espalhados pelos sertões da Bahia, Alagoas, Piauí e Maranhão, formando o que o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) chama de Caminho das Águas. Somando estudos e projetos em andamento, são mais de 70 ações, todas elas inscritas no Novo PAC.

Onde chega a água, chega o desenvolvimento, melhora a vida das pessoas e a condição de vida no local", destacou Waldez Góes.


A reprodução é gratuita desde que citada a fonte