Recife recebe novo banco de alimentos com investimento do MDS
Nova unidade fortalece políticas públicas de combate à fome, incentiva a agricultura familiar e amplia a distribuição de alimentos saudáveis para populações em vulnerabilidade em Pernambuco

Recife passou a contar com mais um equipamento para garantir a segurança alimentar e nutricional da população em vulnerabilidade. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, inaugurou, junto ao prefeito da capital pernambucana, João Campos, o banco de alimentos no bairro do Torreão, na última sexta-feira (16.05).
O local ainda vai ser abastecido pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), fortalecendo a agricultura familiar e, ao mesmo tempo, garantindo alimentos saudáveis para a população em situação de vulnerabilidade social. O investimento do Governo Federal foi de R$ 249 mil na obra, aquisição de equipamentos e utensílios no banco de alimentos em Recife e também de outro no município de Surubim.
O projeto também reforça a estratégia do PAA de garantir escoamento da produção da agricultura familiar e promover inclusão produtiva no campo, ao mesmo tempo em que combate a fome. "Os agricultores produzem o alimento, o governo compra o alimento, mas também empresas doam alimentos. Aquele alimento que, muitas vezes, não se consegue colocar no mercado, ali garante a condição de chegar a quem precisa", afirmou o titular do MDS.
O banco de alimentos vai operar na arrecadação, triagem e distribuição de gêneros alimentícios excedentes ou fora dos padrões de comercialização, mas ainda próprios para o consumo. Os alimentos serão direcionados a instituições socioassistenciais cadastradas, ampliando o acesso à alimentação adequada e saudável para pessoas em situação de vulnerabilidade.
"Aqui vão ser toneladas e toneladas de alimento, articuladas à aquisição da prefeitura, recebimento da ação da prefeitura e destinação para ações para quem mais precisa", destacou o prefeito João Campos.
Ao todo, R$ 5,7 milhões foram disponibilizados para a execução do PAA em Pernambuco, sendo: R$ 3,5 milhões para execução ampla; R$ 1,9 milhão destinados a comunidades indígenas; e R$ 277 mil destinados a comunidades quilombolas.
Em abril, foram pagos R$ 1,1 milhão a 603 agricultores familiares no estado, responsáveis pela entrega de 180 toneladas de alimentos, que agora abastecem equipamentos públicos como os bancos de alimentos.
Além da inauguração do banco de alimentos, o MDS tem uma série de iniciativas que visam garantir o acesso à alimentação adequada, especialmente para populações em situação de vulnerabilidade social no estado:
Estratégia Alimenta Cidades
Seis municípios pernambucanos (Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Petrolina e Caruaru) aderiram à estratégia. A iniciativa do Governo Federal fortalece a governança local sobre políticas de segurança alimentar e nutricional. Oficinas já foram realizadas para diagnóstico e planejamento das ações em cada cidade.
Agricultura familiar
Cozinhas comunitárias: R$ 2,7 milhões investidos para implantação de 12 unidades, com oito já em funcionamento e uma em fase de instalação.
Restaurantes populares: R$ 1,5 milhão aplicados na modernização das unidades de Recife e Petrolina.
Centrais da agricultura familiar: 43 centrais implantadas e modernizadas, com investimento de R$ 503 mil.
Veículos para transporte de alimentos: 57 veículos entregues a municípios, totalizando R$ 10,3 milhões em investimentos
Cozinhas solidárias: Pernambuco conta com 227 cozinhas cadastradas no Sistema SIG-PCS, das quais 85 estão em funcionamento.
Expansão do acesso à água no Semiárido
Uma das iniciativas de maior impacto regional é o novo Termo de Colaboração firmado entre o Governo Federal e a Associação Programa um Milhão de Cisternas (AP1MC), parte da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA).
O acordo, fruto de edital lançado em dezembro de 2024, prevê a construção de 52,9 mil tecnologias de acesso à água em 250 municípios do Semiárido até 2026.
Em Pernambuco, serão implementadas 7,2 mil tecnologias em 36 municípios. Serão 6,2 mil cisternas de placas de 16 mil litros, 556 cisternas de produção, 348 cisternas recuperadas, 32 cisternas comunitárias com bancos de sementes e 245 cisternas escolares.
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