Governo Federal mantém ações de monitoramento e apoio ao Rio Grande do Sul diante de novas cheias
Situação ainda requer cautela em áreas alagadas; Defesa Civil Nacional segue atuando com prontidão e articulação com os municípios

O Governo Federal, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), segue atuando de forma coordenada com os municípios gaúchos e os órgãos do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil para garantir uma resposta rápida e eficaz à população afetada pelas chuvas no Rio Grande do Sul.
Nesta segunda-feira (23), 134 municípios já registraram ocorrências relacionadas ao evento climático. Ao todo, são 1.115 pessoas desabrigadas, 6.258 desalojadas e 120.734 afetadas. Quatro óbitos foram confirmados. O secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff segue no estado monitorando as ações. Ele está em Bagé (RS), acompanhado do Secretário da Reconstrução, Maneco Hassen para avaliar a situação atual, identificar possíveis danos e oferecer o apoio da Defesa Civil Nacional. Wolff também cumpre agenda visitando municípios que receberam recursos para reconstrução dos danos causados pelas enchentes de 2024.
“Cada prefeito vai poder fazer o seu balanço e vai poder decidir se é preciso fazer a situação de emergência ou não. O presidente Lula já garantiu recursos, da mesma forma que no ano passado. Eu posso reafirmar que recursos estão garantidos dentro da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil”, afirmou Wolff.
O Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) permanece em alerta e com servidores em escala de prontidão até o dia 29 de junho. Dez integrantes do Grupo de Apoio a Desastres (GADE) estão pré-mobilizados para atuar, caso necessário. Nesta segunda, o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID) recebeu 82 registros de solicitações de apoio por parte dos municípios.
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Monitoramento contínuo
Os rios Caí e Taquari voltaram a atingir limiares de alerta após uma elevação no nível das águas. Apesar disso, de maneira geral, os níveis dos rios no estado apresentam tendência de estabilização ou queda gradual, indicando o início da fase de recessão das inundações. No entanto, a recomendação é que a população mantenha cautela em áreas alagadas, pois o escoamento total da água pode levar alguns dias. O monitoramento hidrológico será mantido com emissão regular de boletins até que os níveis fiquem abaixo dos limites de alerta.
O Serviço Geológico Brasileiro (SGB), destacou que a bacia do rio Uruguai, especialmente nas regiões de São Borja, Itaqui e Uruguaiana, deve registrar uma nova onda de cheia nos próximos dias, somando-se aos níveis já elevados do rio. Já o rio Caí, em São Sebastião do Caí, pode atingir novamente a cota de transbordamento. Para o rio Taquari, não são esperados grandes impactos.
Municípios mais impactados
Algumas cidades concentram o maior número de desabrigados e desalojados, como Alegrete, Arroio dos Ratos, Cacequi, Cachoeira do Sul, Eldorado do Sul, Lajeado, Manoel Viana, Montenegro, Parobé, Rio Pardo, Rosário do Sul, São Gabriel, São Jerônimo e São Sebastião do Caí.
Alertas vigentes
O monitoramento por parte do Cenad e do SGB também se reflete na emissão de alertas de risco hidrológico. Estão em nível alto os municípios de Alegrete, São Borja, Taquari, Uruguaiana e Itaqui. Já Cachoeira do Sul, Eldorado do Sul e São Sebastião do Caí permanecem com risco moderado.
O MIDR, por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, reforça o compromisso com a proteção da população gaúcha e continuará prestando apoio técnico, operacional e financeiro às prefeituras atingidas.
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