Hoje é Dia do Bumba Meu Boi: Tradição que pulsa no nordeste brasileiro é patrimônio imaterial da humanidade
Dos terreiros do Maranhão aos palcos de todo o país, a celebração colore os destinos brasileiros e mostra a força de uma tradição que é diversa, vibrante e cheia de história

Dos sotaques de matraca, zabumba ou orquestra, uma história atravessa gerações e enche de vida os quatro cantos do Brasil: é o Bumba Meu Boi. Hoje, 30 de junho, celebra o seu Dia Nacional. Mais do que uma simples festa, a data homenageia uma das mais ricas e complexas manifestações da cultura popular brasileira, que encanta, emociona e atrai olhares do mundo inteiro.
No Maranhão, o festejo se transforma em um grandioso evento turístico que dura cerca de 60 dias, embalando o período junino com mais de 800 atrações. Essa intensa programação cultural atrai milhares de turistas, que vêm de todas as partes do Brasil e do mundo para sentir de perto a batida das matracas e se encantar com o luxo dos bordados.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, reforça a importância de valorizar essa conexão entre cultura e turismo:
"Celebrar esta data é reconhecer a força das nossas tradições como um pilar para a atração turística. Cada auto do boi, cada toada, atrai visitantes, gera emprego e renda, e mostra ao mundo um Brasil autêntico e vibrante"
Celebração - O festejo gira em torno da cativante lenda do casal de trabalhadores rurais, Pai Francisco e Catirina. Grávida, Catirina sente um forte desejo de comer a língua do boi mais bonito da fazenda onde vivem. Para satisfazer a vontade da esposa, Francisco mata o animal e dá início a um enredo de drama, comédia e magia, que culmina na ressurreição do boi graças à intervenção de pajés e curandeiros.
Essa trama, que simboliza o ciclo da vida, morte e renascimento, serve de base para um espetáculo grandioso, que funde influências indígenas, africanas e europeias em uma explosão de música, dança, teatro e artesanato.
Tesouro do Brasil e da humanidade - Em 2011, o Complexo Cultural do Bumba Meu Boi do Maranhão foi inscrito como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Oito anos depois, em 2019, a manifestação alcançou o reconhecimento máximo ao ser declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
Essa chancela internacional não apenas celebra a beleza e a complexidade do festejo, mas também reforça a necessidade garantir que as futuras gerações possam continuar a se emocionar e a se orgulhar de uma das mais belas heranças culturais do nosso país. Além disso, também dá maior visibilidade a tradição, que é um forte atrativo turístico para o estado nesse período junino.
Por Victor Mayrink
Assessoria de Comunicação Social do Ministério do Turismo
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