ICMBio adquire mais de 100 viaturas para 76 unidades de conservação
Novas caminhonetes, adquiridas com recursos do Fundo de Compensação Ambiental, serão utilizadas em ações de fiscalização, combate a incêndios, monitoramento da biodiversidade, pesquisa científica, uso público e gestão participativa

Cento e três veículos foram adquiridos pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) com recursos do Fundo de Compensação Ambiental (FCA), totalizando um investimento de R$ 29 milhões na estruturação das Unidades de Conservação Federais.
As novas viaturas contam com especificações técnicas de ponta e foram admitidas por sua robustez e desempenho em terrenos desafiadores, características essenciais para as atividades desenvolvidas nas unidades de conservação.
A aquisição atende ao planejamento das unidades no âmbito do Plano Operativo Anual de 2024 e visa fortalecer a gestão e a operação dessas áreas protegidas. As viaturas serão utilizadas em ações de proteção e fiscalização, combate a incêndios, monitoramento da biodiversidade, pesquisa científica, uso público e gestão participativa.
A Coordenação de Compensação Ambiental (Cocam) foi responsável pela elaboração do Termo de Referência da aquisição, com ênfase especial nos itens de segurança e desempenho dos veículos. O processo licitatório foi conduzido pela Caixa Econômica Federal, administradora e executora do FCA, por meio de pregão eletrônico, conforme as normas de licitação pública. A Ata de Registro de Preços firmada ainda permite a aquisição de mais 41 viaturas e possui validade de um ano.
A iniciativa representa um importante avanço na infraestrutura das unidades de conservação, contribuindo diretamente para a preservação do patrimônio natural brasileiro”, avalia o coordenador-geral de Planejamento e Gestão de Recursos Externos do ICMBio, Luiz Felipe de Luca de Souza
A compensação ambiental, prevista na Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), é um instrumento essencial da política ambiental brasileira. Baseada no Princípio do Poluidor-Pagador, ela obriga empreendedores a compensarem os impactos ambientais negativos de seus empreendimentos, destinando recursos às Unidades de Conservação (UCs). Essa medida fortalece a Política Nacional de Meio Ambiente ao internalizar os custos ambientais das atividades econômicas, promovendo a valorização do meio ambiente e contribuindo para a preservação da biodiversidade e o cumprimento de metas climáticas.
Entre as ações financiadas por esse mecanismo, destaca-se a regularização fundiária das UCs, que assegura a proteção legal e territorial dessas áreas, e a elaboração de planos de manejo, fundamentais para o uso sustentável dos recursos naturais. Essas ações são especialmente importantes em regiões como a Amazônia, onde o controle do desmatamento e da grilagem de terras é um desafio constante. Além disso, os planos de manejo fortalecem a resiliência dos ecossistemas frente às mudanças climáticas, ordenando as atividades humanas de forma sustentável.
A estruturação física e operacional das UCs é um dos pilares mais importantes da compensação ambiental. A aquisição de equipamentos, contratação de pessoal e implementação de sistemas de monitoramento são medidas cruciais para a prevenção e combate a incêndios florestais, além de ampliar a capacidade de fiscalização e gestão ambiental. Essa infraestrutura fortalece a presença do Estado nas áreas protegidas, viabiliza a criação de novas UCs e fomenta pesquisas científicas que embasam políticas públicas e estratégias de conservação baseadas em evidências.
Unidades de Conservação beneficiadas
Unidade de Conservação |
Qtd |
APA Bacia do Rio Paraíba do Sul |
2 |
APA Chapada do Araripe |
1 |
APA Delta do Parnaíba |
1 |
APA Serra da Ibiapaba |
1 |
ESEC Castanhão |
1 |
ESEC de Maracá Jipióca |
1 |
ESEC Seridó |
1 |
ESEC Serra Geral do Tocantins |
2 |
ESEC Tamoios |
2 |
ESEC Tupinambás |
1 |
FLONA Açu |
1 |
FLONA de Goytacazes |
1 |
FLONA de Roraima |
2 |
FLONA do Tapajós |
1 |
FLONA Humaitá |
1 |
FLONA Itacaiunas |
1 |
FLONA Itaituba I |
1 |
FLONA Mata Grande |
1 |
FLONA Mulata |
1 |
FLONA Saracá-Taquera |
1 |
FLONA Tapirape-Aquiri |
2 |
MONA do Arquipélago das Ilhas Cagarras |
1 |
MONA do Arquipélago de Trindade e Martim Vaz e Monte Columbia |
1 |
PARNA Guaricana |
2 |
PARNA Lençóis Maranhenses |
4 |
PARNA Acari |
1 |
PARNA Amazônia |
1 |
PARNA Aparados da Serra |
2 |
PARNA Araguaia |
2 |
PARNA dos Campos Amazônicos |
2 |
PARNA Cavernas do Peruaçu |
2 |
PARNA da Serra da Canastra |
1 |
PARNA da Serra da Capivara |
1 |
PARNA da Serra das Confusões |
1 |
PARNA da Serra de Itabaiana |
2 |
PARNA da Serra do Gandarela |
2 |
PARNA da Serra do Itajaí |
1 |
PARNA das Sempre-Vivas |
1 |
PARNA de Ilha Grande |
1 |
PARNA de Itatiaia |
2 |
PARNA do Caparaó |
3 |
PARNA do Descobrimento |
2 |
PARNA do Jamanxim |
1 |
PARNA dos Campos Ferruginosos |
1 |
PARNA Jericoacoara |
1 |
PARNA Juruena |
2 |
PARNA Mapinguari |
2 |
PARNA Nascentes do Rio Parnaíba |
1 |
PARNA São Joaquim |
2 |
PARNA Serra do Pardo |
1 |
REBIO Comboios |
1 |
REBIO de Poço das Antas |
1 |
REBIO de Sooretama |
1 |
REBIO do Córrego do Veado |
1 |
REBIO do Córrego Grande |
1 |
REBIO do Guaporé |
4 |
REBIO do Gurupi |
2 |
REBIO do Jaru |
1 |
REBIO do Lago Piratuba |
1 |
REBIO do Tinguá |
2 |
REBIO Guaribas |
2 |
REBIO Manicoré |
1 |
REBIO União |
1 |
RESEX Acaú-Goiana |
1 |
RESEX Chico Mendes |
2 |
RESEX Ciriáco |
1 |
RESEX Marinha do Delta do Parnaíba |
1 |
RESEX Marinha Pirajubaé |
1 |
RESEX Tapajós-Arapiuns |
1 |
REVIS das Veredas do Oeste Baiano |
3 |
REVIS Santa Cruz |
2 |
Total |
103 |
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