Meio ambiente

Mais vulneráveis devem ter atenção especial em transição energética, defende MJSP em reunião do Brics

Encontro temático da cúpula ocorreu nessa segunda-feira (9). Participantes debateram os grandes desafios da transformação das matrizes energéticas globais e o avanço da produção de energias renováveis

Agência Gov | Via MJSP
10/06/2025 17:53
Mais vulneráveis devem ter atenção especial em transição energética, defende MJSP em reunião do Brics

O Brasil recebeu, nessa segunda-feira (9/6), a VII Cúpula Energética de Juventude do Brics. O encontro ocorreu no Palácio da Justiça, em Brasília (DF), e reuniu jovens formuladores de políticas públicas, autoridades e profissionais do setor para debater os grandes desafios envolvidos na transformação das matrizes energéticas globais e no avanço da produção de energias renováveis.

O MJSP foi representado pela secretária de Acesso à Justiça, Sheila de Carvalho, na sessão de alto nível da cúpula, sobre o papel do fortalecimento dos direitos e das garantias na construção de políticas climáticas mais inclusivas. Sheila defendeu que a transição energética deve ocorrer de forma equitativa, com atenção especial aos grupos mais vulneráveis.

“Só vamos avançar na agenda da justiça ecológica se estivermos de mãos dadas com a justiça social. Isso significa garantir que as comunidades historicamente excluídas estejam no centro das decisões e da formulação das políticas públicas”, declarou.

Sheila ressaltou ainda que o MJSP tem atuado de forma coordenada no enfrentamento a crimes ambientais, com resultados expressivos. De acordo com a secretária, houve uma redução de 96% nas invasões à Terra Indígena Yanomami, fruto de ações integradas com outros órgãos e da cooperação internacional. “Estamos comprometidos com uma política de segurança pública que contribua diretamente para a preservação ambiental e a promoção da justiça ecológica, sempre com respeito aos povos tradicionais e aos territórios legalmente protegidos”, completou.

O secretário-geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, também participou da sessão e destacou o papel estratégico do Brics no avanço da transição energética global. Ele enfatizou que os países em desenvolvimento têm grande influência nos mercados energéticos e enfrentam desafios comuns, como o acesso à energia e a sustentabilidade ambiental.

Macêdo defendeu o protagonismo da juventude na construção de um futuro energético mais justo e sustentável. Para o secretário-geral, os jovens são agentes de transformação, com forte consciência ambiental e capacidade de inovar. “A juventude está na linha de frente da inovação tecnológica e tem promovido soluções criativas, com inclusão social, geração de renda e compromisso com a justiça climática”, afirmou. Macêdo também destacou que o engajamento da nova geração em projetos de energia renovável e em espaços de governança energética é essencial para moldar políticas públicas eficazes e voltadas às necessidades das comunidades mais vulneráveis.

O secretário Nacional da Juventude, Ronald Sorriso, presente na sessão de alto nível, falou que o acesso universal à energia é um dos grandes desafios da atualidade e que deve ser enfrentado com responsabilidade socioambiental, respeito aos direitos das populações afetadas e incentivo a fontes renováveis. O secretário destacou que o Brasil tem uma trajetória consolidada no uso de energias limpas, como a hídrica, a solar, a eólica, a de biomassa e a de biocombustíveis, e que pode servir de exemplo para outros países do Sul Global.

Brics

O Brics é um agrupamento formado inicialmente por cinco países emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em 2024, o grupo passou a incluir outros países, como Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, ampliando sua relevância geopolítica.

O bloco surgiu como uma iniciativa de cooperação política, econômica e estratégica entre essas nações, que juntas representam uma parcela significativa da população mundial e do PIB global. O objetivo principal do Brics é promover um modelo de governança internacional mais justo, inclusivo e multipolar, além de fortalecer o desenvolvimento sustentável e a integração entre países do Sul Global.

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