'Agora Tem Especialistas' veio para mudar a atenção especializada à saúde no Brasil
Presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) celebra parceria dos ministérios da Educação e da Saúde para acelerar a redução da espera para diagnósticos, tratamento e cirurgias

O programa Agora Tem Especialistas veio para mudar a atenção especializada à saúde no Brasil. A afirmação é do presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Arthur Chioro. A empresa pública é ligada ao Ministério da Educação e responsável pela gestão dos 45 hospitais das universidades federais do Brasil. E que no último sábado (5/7) realizou, de maneira integrada entre os programas Ebserh em Ação, da rede de hospitais, e o Agora Tem Especialistas, do Ministério da Saúde, 12.464 procedimentos médicos especializados no mutirão intitulado "Dia E".
"De agora em diante, estamos nos esforçando diariamente para poder ajudar o Brasil a ampliar a oferta, da consulta ao tratamento, garantindo esse direito à saúde", afirma Chioro, em entrevista aos apresentadores Mariana Jungman e Nazi Brum, de A Voz do Brasil.
Chioro explica que os hospitais da rede, através do Ebserh em Ação, já realizaram 166 mutirões, mas que pela primeira vez o fizeram todos ao mesmo tempo, em todo o país, e elegendo os procedimentos especializados com base nas demandas de cada local. Além de acelerar a redução de filas, a conexão entre as ações dos ministérios da Saúde e da Educação vai contribuir para a formação e mais e melhores profissionais da área.
"Dessa forma fortalecemos o SUS atendendo melhor as pessoas, mas também formamos melhores especialistas, profissionais de saúde que o Brasil tanto precisa", ressalta o presidente da Ebserh. Segundo ele, além dos mutirões específicos do Ebserh em Ação, novos mutirões integrados como o do último sábado já estão sendo planejado para setembro e dezembro deste ano. "Vai diminuir o tempo de espera nas filas, e garantir que a pessoa consiga fazer o diagnóstico, o tratamento, a cirurgia naquele tempo adequado à necessidade ou à gravidade."
Chioro e o ministro Padilha, com equipe do Hospital Gaffrée e Guinle, no Rio (Foto: João Risi/MS)
Assista à entrevista de Arthur Chioro em A Voz do Brasil ou leia a íntegra, na sequência.
Qual a importância do envolvimento dessas 45 unidades hospitalares para a realização desse mutirão?
Essa nossa participação, muito expressiva, através do mutirão nacional é um esforço do Ministério da Educação, das universidades federais, dos hospitais universitários federais dirigidos pela Ebserh para poder enfrentar esse que talvez seja o maior desafio na área da saúde da população brasileira: nós participarmos ativamente do programa Agora Tem Especialistas, lançado pelo presidente Lula, coordenado pelo Ministério da Saúde com uma contribuição efetiva. E levando atendimento digno a pessoas que estavam há muito tempo nas filas de espera para cirurgias, exames, procedimentos
Dois, quatro, cinco anos sofrendo sem que pudessem ter um atendimento digno e de qualidade. E de agora em diante, estamos nos esforçando diariamente para poder ajudar o Brasil a ampliar a oferta, da consulta ao tratamento, garantindo esse direito à saúde.
Além dos atendimentos diretamente à população, esse tipo de mutirão tem uma outra vertente que é a formação de especialistas, já que são hospitais universitários. Fale pra gente a respeito.
Isso ficou muito patente no envolvimento dos estudantes. Os hospitais universitários federais, além de servirem ao SUS, têm uma tarefa de formar os futuros profissionais de saúde, os futuros especialistas através da residência médica e multiprofissional. Então nós tivemos um imenso envolvimentos dos estudantes, dos professores, dos residente, que mais a oportunidade de atender a população e formar-se cada vez melhor para poder cuidar da população brasileira.
Então, esse é o esforço que o ministro da Educação, Camilo Santana, tem nos pedido, de nos esforçarmos cada vez mais com as ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde e pelos gestores do SUS. Porque dessa forma fortalecemos o SUS atendendo melhor as pessoas, mas também formamos melhores especialistas, profissionais de saúde que o Brasil tanto precisa.
Estão previstas novas mobilizações (como essa do últimos dia 5/7) para os meses de setembro e dezembro. Qual a expectativa para essas próximas edições?
Olha, os hospitais universitários, isoladamente, continuam atendendo e ampliando a oferta à população. Nós já tínhamos realizado 166 mutirões isoladamente nesses hospitais. Mas esse foi o primeiro em que todos estiveram juntos, com uma característica muito peculiar: é a primeira vez que temos um mutirão que não é de uma cirurgia específica. É o maior mutirão planejado pelos hospitais universitários para atender aquilo que era mais urgente na sua região. Porque nós atuamos de Norte a Sul do País.
Então, no dia 13 de setembro nós já temos mais um Dia E estabelecido e planejado. E teremos mais uma atividade em dezembro. Mas durante todo o ano o Ebserh em Ação colocará os 45 hospitais universitários a serviço do SUS, a serviço da população, dentro do Agora Tem Especialistas. Esse programa que o presidente Lula lanço e que vai mudar a expectativa da população. Vai diminuir o tempo de espera nas filas, e garantir que a pessoa consiga fazer o diagnóstico, o tratamento, a cirurgia naquele tempo adequado à necessidade ou à gravidade. Ou seja, as diferentes situações que envolvem problemas de saúde de cada cidadão.
Ainda dentro desse espírito do Agora Tem Especialistas a gente pode esperar outras ações dos hospitais da Ebserh, além dos mutirões?
Com certeza. Além dos mutirões de cirurgias, de exames, de procedimentos, nós também estamos ampliando o horário de atendimento – sem contar as cirurgias de urgência que têm de ser feitas na hora em que aparecem – para as chamadas cirurgias eletivas. Estamos abrindo terceiro turno nos nossos hospitais e fazendo com que funcionem aos finais de semana. E reforçando as equipes, porque os nosso profissionais, não só os médicos, mas também os trabalhadores da saúde que foram fundamentais para que a gente pudesse aumentar essa oferta.
Nós queremos estar integrados a todas as ações que o Ministério da Saúde vem desenvolvendo para pôr em prática o Agora Tem Especialistas, esse novo programa que veio para mudar a atenção especializada no Brasil.
Como são definidos os procedimentos? É pela necessidade de cada região?
Em cada hospital universitário nós já tínhamos uma fila que já estamos dando conta de conseguir que ande o mais rápido possível. Mas também é importante olhar que muitas vezes tem filas de espera nas centrais de regulação dos estados e dos municípios. E os hospitais federais universitários integrados ao SUS estão colocando a sua capacidade técnica a serviço dos gestores para que a gente possa atender à população.
É claro que cada cidadão deve procurar a unidade básica de saúde (UBS) mais próxima de sua casa, os médicos e equipes de saúde da família resolvem boa parte dos problemas. Mas quando ele precisar de um atendimento especializado, não só os hospitais universitários, mas a rede especializada, no Agora Tem Especialistas, vai estar à disposição para atender cada vez mais, e melhor, a população brasileira.
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, com primeira-dama Janja Lula Silva, ministros e funcionários durante Dia E de vacinação no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (Foto: João Risi/MS)
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