Meio ambiente

Brasil aposta na floresta como vetor de inovação e inclusão

Bioeconomia é destaque da estratégia climática do MIDR para a COP30, com foco na valorização dos territórios amazônicos

Agência Gov | Via MMA
29/07/2025 15:14
Brasil aposta na floresta como vetor de inovação e inclusão

O Governo Federal aposta no desenvolvimento regional como ferramenta para enfrentar a crise climática e combater desigualdades na Amazônia. Com o Programa BioRegio, coordenado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), o país aposta na bioeconomia como eixo central de uma estratégia que une conservação ambiental, geração de renda e valorização dos territórios tradicionais.

O programa BioRegio aposta em soluções inovadoras para transformar as riquezas naturais e socioculturais da Amazônia em oportunidades concretas de emprego, renda e inclusão social. Para o secretário nacional de Desenvolvimento Regional e Territorial, Daniel Fortunato, a riqueza oriunda da nossa floresta também pode promover o desenvolvimento da região.

A floresta possui um potencial imenso. O Brasil precisa saber ativá-lo de forma soberana, com base na ciência, no conhecimento tradicional e no respeito aos territórios”, Daniel Fortunato - secretário nacional de Desenvolvimento Regional e Territorial.

Bioeconomia como estratégia nacional

O BioRegio foi concebido para consolidar a bioeconomia como um vetor estratégico de desenvolvimento regional. A proposta combina conservação ambiental com dinamização produtiva, diversificando as cadeias econômicas da Amazônia Legal por meio do uso sustentável da biodiversidade e dos recursos naturais. Produtos como castanhas, óleos vegetais, fibras, mel de abelhas nativas e fitoterápicos ganham espaço como alternativas econômicas viáveis e sustentáveis.

“O programa busca consolidar a bioeconomia como um vetor estratégico para a diversificação das cadeias produtivas regionais e o fortalecimento da base socioeconômica dos territórios, respeitando suas especificidades biológicas, sociais e culturais. A bioeconomia é uma oportunidade de qualificação e inserção profissional, sobretudo para os jovens, que podem transformar seu conhecimento técnico, adquirido nas universidades e institutos federais, em oportunidades de negócios, por meio de startups inovadoras e do desenvolvimento de novos produtos e serviços”, informa o coordenador-geral de Gestão do Território do MIDR, Vitarque Coêlho.

Uma rede colaborativa nos territórios

O diferencial do BioRegio está em sua abordagem integrada e territorializada, que articula ciência, tecnologia, saberes tradicionais e cooperação multissetorial. Por meio de redes colaborativas, o programa promove a atuação conjunta de governos locais, setor privado, universidades, centros de pesquisa, instituições financeiras e comunidades tradicionais.

A proposta é que as soluções venham dos próprios territórios e sejam estruturadas conforme a vocação produtiva, os desafios logísticos e os ativos ambientais e culturais de cada região. Esse modelo fortalece o protagonismo local, assegura maior efetividade nas políticas públicas e amplia o impacto da bioeconomia no enfrentamento às desigualdades regionais.

Desenvolvimento regional como resposta climática

Ao incorporar o desenvolvimento regional à agenda climática, o BioRegio reforça o papel estratégico dos biomas na transição ecológica global. Em vez de tratar conservação e crescimento como temas opostos, o programa propõe uma integração virtuosa entre preservação ambiental e inclusão econômica, com foco na justiça territorial.

“A lógica do BioRegio é transformar a Amazônia e demais biomas em polos de soluções e inovações sustentáveis. É uma estratégia climática com identidade regional, baseada na valorização das pessoas que vivem, conhecem e cuidam da floresta, em cooperação com as empresas, organizações da sociedade civil e instituições de ciência e tecnologia”, enfatiza o secretário Daniel Fortunato.

COP30

Propostas do MIDR como o BioRegio colaboram com as medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, ao incentivar a bioeconomia para o desenvolvimento sustentável. A estratégia fortalece a atuação integrada entre conservação ambiental e geração de emprego e renda, especialmente em territórios vulneráveis.

Diante dessa ampla e relevante colaboração com a pauta climática, o MIDR vem contribuindo, especialmente por meio do seu Comitê Permanente de Resiliência Climática, nas discussões da COP30 — a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. O encontro global ocorrerá em novembro de 2025, em Belém (PA), reunindo líderes mundiais, representantes de governos, ciência e sociedade civil para debater soluções climáticas — e marcará a primeira vez que a conferência será realizada na Amazônia.

 

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