Ministra Anielle Franco realiza escutas acompanhada da primeira-dama
Agendas de fim de semana incluíram encontros com juventudes negras, estudantes e lideranças de projetos sociais

Em consonância com a metodologia de trabalho do Ministério da Igualdade Racial (MIR), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, esteve no Rio de Janeiro, entre os últimos dias 3 e 6 de julho, para uma série de agendas de escuta da sociedade civil. Comprometida com a transversalidade das políticas de Igualdade Racial em todas as pautas do governo, ela esteve acompanhada pela primeira-dama do país, Janja da Silva.
“Precisamos ouvir o Brasil de verdade e saber o que a juventude, os povos de terreiros e as pessoas evangélicas acreditam que é necessário priorizar. Por isso, estamos aqui com a primeira-dama, minha amiga, para que esse pedido seja ainda mais forte", colocou a ministra Anielle.
Os “Diálogos pela Igualdade Racial” aconteceram no terreiro Ilê Omiojuarô, em Nova Iguaçu, onde as autoridades conversaram com lideranças de povos de terreiro, e lançaram o edital Mãe Beata de Iemanjá de promoção de justiça ambiental; na Igreja Batista do Caminho, em São Cristóvão, Zona Norte da Capital fluminense, em que conversaram com mulheres evangélicas, com a presença da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ); e no Galpão da Cidadania, na Gamboa, Zona Central do Rio de Janeiro, onde ouviram juventudes negras e lideranças de projetos sociais.
Tanto as representantes das mulheres evangélicas quanto as lideranças de juventudes negras e projetos sociais irão apresentar documentos ao Ministério para formalizar demandas e recomendações que atendam aos seus públicos. O momento também foi oportuno para ouvir mais sobre as políticas públicas do Governo Federal, como o Plano Juventude Negra Viva (PJNV), que inclui o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O jovem Yuri Pereira, de 24 anos, morador da Favela da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, é bolsista do Pronasci e afirma que “como negro, morador da Maré, é muito difícil ganhar oportunidade e quero agradecer.”
Ele conta que o curso mudou sua realidade e de sua família. “Quem não teve a oportunidade de um estudo, de fazer um curso, que muitas vezes foi excluído da sociedade, está tendo a chance de suprir, com a bolsa, a nossa necessidade e da nossa família. Além disso, nós levamos aprendizado para os nossos filhos, nossa mãe e nossos irmãos, que às vezes não tiveram a oportunidade de aprender”, contou.
Ilê Omiojuarô
No encontro do terreiro fundado por Mãe Beata de Iemanjá – homenageada na ocasião com o título de Promotora da Igualdade Racial – o Ministério da Igualdade Racial lançou, na quinta-feira (3), o edital Mãe Beata de Iemanjá Contra o Racismo Ambiental. Serão premidas 54 iniciativas de promoção da justiça ambiental já realizadas ou em andamento por Povos e Comunidades Tradicionais de Terreiro e de Matriz Africana, que receberão R$15 mil cada. As inscrições começaram no dia 4 de julho.
Além da ministra Anielle Franco, estiveram presentes a primeira-dama, Janja da Silva, e a ministra da Cultura, Margareth Menezes.
A reprodução é gratuita desde que citada a fonte