Iphan descobre novo sítio arqueológico na proximidade da Terra Indígena Guajajara, no Maranhão
Achado no povoado Santa Teresa, em Tufilândia, revela fragmentos cerâmicos de diferentes técnicas e estilos, ampliando o conhecimento sobre a ocupação humana na região

A equipe de arqueologia da superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Maranhão, representada pela arqueóloga Mariana Zanchetta Otaviano, esteve no município de Tufilândia (MA), no s dia s 4 e 5 de agosto, para atender a uma demanda encaminhada via Fala.BR . Moradores da região relataram ter encontrado, em suas roças, materiais que aparentavam ser de origem arqueológica.
O Fala.BR é a Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação do Poder Executivo Federal. Por meio dela , é possível enviar pedidos de acesso à informação e manifestações de Ouvidoria , como denúncias, elogios, reclamações, sugestões e solicitações , aos órgãos e entidades. Uma das solicitações que pode ser feita é a de comunicação de achado de material arqueológico , que também pode ser feita também diretamente à unidade do Iphan mais próxima ao local do achado .
O alerta partiu do povoado de Santa Teresa, próximo à Terra Indígena Guajajara. No local, foi realizada uma reunião com moradores para identificar os vestígios e, em seguida, uma vistoria técnica para reconhecimento da área. Durante o trabalho de campo, a pesquisadora confirmou que se tratava de um sítio arqueológico, o primeiro identificado no município.
Segundo Zanchetta , “o local apresenta uma grande densidade de vestígios, com diversos tipos de fragmentos cerâmicos, tecnologias distintas de fabricação e decorações variadas, incluindo uso de engobo branco e tinta vermelha”. Ela acrescenta que o material encontrado “abre caminho para pesquisas mais aprofundadas sobre uma história indígena de longa duração no que hoje entendemos por Maranhão”.
O sítio arqueológico margeia o Rio Pindaré, curso d’água que corta o território de Tufilândia e delimita parte da fronteira com a Terra Indígena Guajajara. Futuras pesquisas poderão esclarecer mais sobre os povos que habitaram a região e a importância histórica do local.
O que devo fazer ao encontrar um objeto antigo?
- Não remova ou desloque os artefatos do local onde foram encontrados. A posição original (contexto) dos objetos é fundamental para a pesquisa arqueológica. Tire fotos, se possível usando algum objeto (como um chinelo) ou mesmo sua mão ou pé para que se possa ter ideia do tamanho do achado!
- Veja no GPS do seu telefone a localização exata de onde o objeto está! Caso não tenha celular ou nenhum dispositivo de coordenadas com você, preste atenção em elementos da paisagem – árvores, montanhas, estradas – para poder localizar o achado posteriormente.
- Informe sua descoberta para as autoridades! Você pode entrar em contato com a superintendência ou escritório técnico do Iphan mais próximos. Se você conseguiu tirar fotos e anotar a localização, compartilhe essas informações!
- Evite práticas ilegais: não comercialize, colete ou guarde objetos arqueológicos. A retirada e posse de bens arqueológicos sem autorização é crime.
- Não divulgue amplamente em redes sociais: a divulgação prematura pode atrair curiosos, saqueadores ou causar danos ao local.
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