Gestão expande método de dimensionamento de pessoal no serviço público
Ferramenta é uma das principais iniciativas conduzidas pelo ministério para melhorar os processos de contratação e alocação de pessoal na Administração Pública Federal, já impactando mais de 4.700 unidades em 114 órgãos
 
                      O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) tem intensificado a implementação do   Dimensionamento da Força de Trabalho (DFT)   , metodologia que oferece diagnósticos precisos sobre a necessidade de pessoal nos órgãos da Administração Pública Federal e apoia decisões sobre concursos   e provimentos   .   Entre 2022 e 2023, o número de unidades dimensionadas saltou de 150 para 1.825, refletindo o avanço da política de planejamento estratégico de pessoal conduzida pelo ministério.    
  Desenvolvido em parceria com a Universidade de Brasília (UnB)   , o DFT funciona como uma ferramenta prática de gestão de pessoas. A unidade de gestão de pessoas de cada órgão, com apoio do ministério, realiza oficinas e análises detalhadas das atividades, demandas e cargos existentes, produzindo diagnósticos precisos sobre a quantidade de servidores necessária para atender às demandas de cada setor.    
  O DFT gera um conjunto de indicadores numéricos, até   descrição detalhada do trabalho e relatórios compilados com dados de pessoal da unidade dimensionada. Por meio do painel de resultados, é possível visualizar a estimativa da quantidade ideal de servidores, o perfil da equipe (idade, tempo de serviço, gênero, escolaridade, abono de permanência), rotatividade, complexidade das entregas, áreas que demandam mais esforços, ausências e seus impactos na produtividade, entre outros indicadores.    
  E com dados obtidos a partir do DFT   também é possível fazer a alocação de novos servidores na administração pública federal. Ao processar todos os dados, o modelo chega a resultados que podem embasar a uma alocação adequada. Além disso, é possível levantar as competências requeridas para a área, a partir dos resultados das entregas, e compará-las com as informações do perfil do indivíduo, levando a uma clareza maior no processo de lotação.    
  A análise integrada dessas informações proporciona uma visão gerencial completa da unidade e do órgão, permitindo identificar áreas com déficit ou excesso de pessoal, ajustar funções e planejar contratações   e   alocações de   forma mais eficiente   .    
  Mentoria    
 Para acelerar a disseminação do DFT, o MGI lançou, em 2024, o   programa de mentoria, que oferece   acompanhamento contínuo por consultores e mentores nos órgãos com pedidos de concurso em andamento. A mentoria garante que o DFT seja implementado de forma coordenada, permitindo a realização de oficinas simultâneas em várias unidades e aumentando rapidamente a cobertura da metodologia.   
  Antes de 2024, a capacitação ocorria apenas para a unidade de gestão de pessoas, que deveria replicar a metodologia nas demais áreas do órgão de forma autônoma. Essa abordagem mostrou limitações: muitas unidades não conseguiam dar continuidade à disseminação   .    
  Segundo a coordenadora-geral de Planejamento da Força de Trabalho do MGI, Lorena Ferreira, a   ideia é que a autorização de concursos e a alocação de pessoal seja feita com base no DFT   . “Isso   possibilitando a alocação mais assertiva de pessoal, com base nas evidências levantadas, tais como as entregas e os perfis das pessoas”, afirma.    
  O   coordenador de Planejamento   da Força de Trabalho do MGI, Diego   Tannús   Dórea, destaca a importância do DFT como um instrumento estratégico para a Administração Pública.    “A   ferramenta objetiva   o   planejamento da força de trabalho   e   já está produzindo mudanças na cultura organizacional dos órgãos federais, ao planejarem suas necessidades atuais e futuras de novas contratações de pessoal”   , explicou.    

- Imagem: ASCOM/MGI
 Desde o início das mentorias, os avanços foram rápidos:   
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Até 2022, o Sistema de Dimensionamento de Pessoal ( Sisdip ) contava com 150 unidades dimensionadas em 30 órgãos, média de 5 unidades por órgão. 
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Em julho de 2025, a cobertura alcançou 4.727 unidades em 114 órgãos, média de 41 unidades por órgão. 
 O crescimento demonstra que o programa de mentoria foi efetivo para agilizar a disseminação do DFT. Até dezembro de 2026, a meta do MGI é implantar a metodologia em 70 órgãos da agenda prioritária estabelecida pela Secretaria de Gestão de Pessoas do MGI, o que inclui todos os órgãos da administração direta e órgãos que possuem pedidos de concurso em andamento. Desta lista, 38 órgãos participam do programa, três iniciaram, mas não poderão implementar neste momento, e restam 30 a serem contemplados.   
  Reconhecimento    
  O DFT   se consolida como   uma das principais iniciativas conduzidas pelo MGI para melhorar os processos de contratação e alocação de pessoal na Administração Pública Federal. Em reconhecimento aos resultados alcançados,   a   iniciativa   conquistou o    2º lugar no prêmio Agilidade Brasil 2025 — Setor Público    , anunciado durante o   Agile   Trends GOV 2025, em agosto   deste ano   .    
 Para mais informações sobre a metodologia, acesse a página do DFT no Portal do Servidor.   
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