Mutirão "Dá Pé" no Parque Nacional da Tijuca (RJ) fortalece reflorestamento rumo à COP30
Ação resultou no plantio de mais de 500 mudas nativas na Unidade de Conservação (UC) gerida pelo Instituto Chico Mendes, unindo governo e sociedade civil em evento oficial da agenda da presidência da Conferência
O mutirão de reflorestamento "Dá Pé – A COP30 é aqui", realizado na última semana no Parque Nacional da Tijuca (RJ), Unidade de Conservação (UC) Federal gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ( ICMBio ), mobilizou autoridades e sociedade civil no plantio de mais de 500 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, como guapuruvu e ipê-amarelo.
A ação integra o calendário oficial da presidência brasileira da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) e dá corpo à política ambiental do governo federal, encabeçada pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, que participou do evento.
“Não basta só preservar o que temos, é preciso restaurar o que perdemos”, colocou a ministra durante o plantio. Para ela, mais que não desmatar, é preciso usar com sabedoria a bioeconomia, preservar, restaurar e regenerar o que já foi destruído.
A coordenadora da Unidade, Viviane Lasmar, reforçou que o Programa de Voluntariado do Parque, que é o maior entre todas as UCs, tem uma grande relevância nas atividades de reflorestamento. “É parte de um esforço do Parque Nacional da Tijuca de incremento de vegetação visando a conservação e a manutenção da floresta”, colocou.
Primeira área protegida do país
Patrimônio ambiental, o Parque Nacional da Tijuca tem uma história de conservação que remonta ao século XIX, durante o Império, sendo a primeira área de sua categoria a ser protegida no país. Hoje, abriga a maior floresta urbana replantada do mundo e mantém esse legado por meio de seu Programa de Voluntariado, gerido pelo ICMBio .
Entenda o "Mutirão COP30"
A presidência brasileira da COP30 convocou um grande mutirão global pela ação climática, um método contínuo de mobilização que começa antes, atravessa e segue além da conferência que acontece em Belém (PA). Trata-se de uma convocatória para governos, movimentos sociais, juventudes, povos originários, comunidades tradicionais, setor privado, academia e sociedade civil somarem forças em uma mobilização coordenadora e transformadora. A proposta é estabelecer uma nova forma de governança climática, mais participativa e justa, fortalecendo os laços entre o local e o global e valorizando a diversidade de vozes e saberes.
O coordenador do Programa de Voluntariado do Parque Nacional da Tijuca, João Felipe Martins, que compôs a organização do mutirão, comentou que os voluntários do parque abriram áreas, removeram espécies exóticas invasoras e subiram com as mudas antes do plantio. “A ação fez parte do projeto de recuperação de áreas degradadas com o objetivo de aumentar a biodiversidade da flora desse morro, que é mais degradado que os outros do Parque”, disse.
O idealizador do mutirão e fundador da Pindorama Filmes, Estêvão Ciavatta, destacou que a iniciativa “é uma oportunidade para que todos participem ativamente da COP30 de Belém (PA)”. A ação foi promovida pela produtora, em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica e com o Programa de Voluntariado do Parque.
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