Menos de 30 minutos separam os navios da COP 30 do centro das negociações em Belém

Durante os dias da conferência, as delegações hospedadas nos cruzeiros atracados no Porto de Outeiro farão o trajeto até o Parque da Cidade em menos de 30 minutos.

“Eu marquei no cronômetro: saindo do local da COP até o Porto de Outeiro, hoje foram 33 minutos e 27 segundos, até o desembarque no centro de recepção. Nos dias da COP será ainda mais rápido, porque a Via Expressa, a Via do BRT, ficará exclusiva para os ônibus que trafegarão até o Parque da Cidade. Ou seja, esse deslocamento será mais rápido do que o de muitos que sairão da maioria dos hotéis ou casas alugadas”, afirmou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, após chegar ao Porto de Outeiro.

O deslocamento do porto até a Zona Azul do Parque da Cidade será realizado por ônibus oficiais da conferência, operando de forma contínua e gratuita. O trajeto, com menos de 20 km de extensão, utilizará faixas exclusivas do BRT e a nova ponte de acesso rápido.

O percurso inclui a ponte estaiada Pastor Firmino Gouveia, projetada para garantir fluidez no tráfego e durabilidade estrutural, tornando-se um novo cartão-postal da capital paraense. Antes da construção da ponte, a ligação entre a Ilha de Outeiro e o continente acrescentava cerca de 30 a 40 minutos ao deslocamento.

O ministro destacou ainda que o Porto de Outeiro é um dos grandes legados da COP30 para o Pará. “Esse porto foi construído em cinco meses, um desafio de engenharia extraordinário. É um dos principais legados — de turismo, de infraestrutura portuária e de desenvolvimento socioeconômico para o estado do Pará e para a cidade de Belém. Este equipamento coloca a capital na rota do grande turismo náutico, já que o Porto de Belém é mais raso e não comporta navios desse porte”, explicou. “Daqui para frente, operações de turismo e grandes navios de carga também poderão utilizar este porto”, acrescentou.

Porto de Outeiro

Localizado na Região Metropolitana de Belém, o Porto de Outeiro passou por uma revitalização completa, transformando-se em um terminal moderno e capaz de receber navios de cruzeiro de grande porte.

O projeto, que contou com 713 trabalhadores, incluiu a construção de um novo píer de 716 metros e de uma área de 7 mil m² para o terminal receptivo, com toda a infraestrutura de apoio aos passageiros.

Após a COP30, o porto permanecerá ativo para o turismo marítimo e a logística regional, consolidando Belém como referência para embarcações de grande porte. O empreendimento foi financiado pela Itaipu Binacional e executado pela Companhia Docas do Pará, com investimento de R$ 233 milhões.