Força-tarefa previdenciária evitou prejuízo de R$ 450 milhões aos cofres públicos em 2025
Somente neste ano, foram realizadas 78 ações em parceria entre o Ministério da Previdência Social e a Polícia Federal
As 78 ações da Força-Tarefa Previdenciária realizadas ao longo de 2025 evitaram um prejuízo estimado de R$ 451,9 milhões aos cofres públicos. O valor considera os pagamentos futuros a supostos beneficiários que não serão realizados devido à desarticulação dos esquemas criminosos. Integrada pela Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP), do Ministério da Previdência Social (MPS) em parceria com a Polícia Federal, a Força-Tarefa já realizou 1.403 ações desde sua criação, em 2003.
Em 2025 foram cumpridas 62 prisões, cinco mandados de afastamento de funções públicas, além de 275 mandados de busca e apreensão. O prejuízo identificado pela CGINP em pagamentos indevidos de benefícios fraudados é estimado em R$ 302,2 milhões.
Somente em 2025, a CGINP iniciou a análise de 121 casos de fraudes estruturadas. Também foram instaurados 44 inquéritos pela Polícia Federal voltados à investigação de esquemas criminosos contra fraudes previdenciárias.
Entre os principais tipos de fraudes investigadas, a falsificação de documentos continua ocupando a maior parte do esforço investigativo da Força-Tarefa. Pelo menos metade das investigações apuram crimes envolvendo falsificação de documentos de identidade e de registro civil.
Além da fraude documental, tem merecido especial atenção da Inteligência Previdenciária a crescente ação de fraudadores no ambiente cibernético.
Maior operação do ano evitou prejuízo de R$ 2,8 milhões
A maior operação deflagrada neste ano ocorreu em março, no Rio de Janeiro, e recebeu o nome de Caça ao Tesouro. A ação desarticulou uma organização criminosa que atuava visando a implementação, saque, manutenção e reativação de benefícios fraudulentos. A quadrilha contava com a participação de servidores do INSS, advogados, escreventes de cartório e profissionais de gráfica.
A investigação teve início em 2022 após a prisão em flagrante de um homem durante a tentativa de saque de pagamentos referentes a benefícios obtidos de forma fraudulenta. A desarticulação do esquema criminoso proporcionou uma economia estimada em R$ 2,8 milhões em valores futuros que continuariam a ser indevidamente pagos aos supostos beneficiários. Durante a Operação, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e 13 prisões.
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