Relações exteriores

Ministros de Economia e presidentes de BCs do Mercosul debatem riscos para a região

Brasil apresentou o estudo "Riscos macroeconômicos exógenos para a região do Mercosul no contexto global atual"

Agência Gov | Via Ministério da Fazenda
19/12/2025 12:12
Ministros de Economia e presidentes de BCs do Mercosul debatem riscos para a região

A reunião de Ministros da Economia e Presidentes de Banco Central do Mercosul e Estados Associados sob a Presidência Pro Tempore do Brasil no Mercosul ocorreu nesta sexta-feira (19/12), de forma remota, para debater riscos macroeconômicos para o Mercosul no contexto global atual, na visão dos membros do bloco. O encontro reuniu representações de vice-ministros, vice-governadores de bancos centrais e outros assessores designados pelos países. Participaram da reunião os estados membros do Mercosul (Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia), assim como os estados associados Colômbia e Peru.

Na oportunidade, o Brasil apresentou estudo elaborado pelo Grupo de Monitoramento Macroeconômico do Mercosul (GMM), intitulado “Riscos macroeconômicos exógenos para a região do Mercosul no contexto global atual". Seguiu-se discussão em que representantes de cada país compartilharam suas análises do estudo e dos riscos macroeconômicos atuais.

A reunião foi liderada pela Secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, embaixadora Tatiana Rosito, e pelo Diretor de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central do Brasil, Paulo Picchetti.

A embaixadora Tatiana Rosito destacou que “o cenário macroeconômico global é caracterizado por incertezas e riscos crescentes em diferentes esferas. É importante que o bloco aproveite estes espaços para compartilhar experiências e mesmo construir uma visão econômica regional, inclusive para fomentar a resiliência por meio da cooperação em torno de diagnósticos comuns”.

Já o Diretor Paulo Picchetti afirmou que “é importante mantermos no radar os riscos macroeconômicos globais e regionais: volatilidade financeira, tensões geopolíticas, mudanças climáticas. São temas que impactam diretamente nossas economias e reforçam a necessidade de cooperação”.

Estudo

O Brasil apresentou uma versão do estudo “Riscos macroeconômicos exógenos para a região do Mercosul no contexto global atual”, elaborado pela Subsecretaria de Acompanhamento Macroeconômico e de Políticas Comerciais da Secretaria de Assuntos Internacionais.

A análise permite mapear os principais riscos externos observados pelos países do Mercosul, as probabilidades de ocorrência e impactos macroeconômicos potenciais. O estudo também oferece uma dimensão temporal de ocorrência e de impacto dos riscos, bem como apresenta instrumentos qualitativos e quantitativos de que os países dispõem para quantificar esses riscos.

Prioridades

As prioridades da presidência brasileira, que orientaram as atividades do Mercosul em seus diversos fóruns, são:

  • Fortalecimento do comércio intrabloco e com parceiros externos, buscando maior diversificação produtiva e ampliação de cadeias de valor regionais;
  • Enfrentamento das mudanças climáticas e promoção da transição energética, por meio de políticas que conciliem sustentabilidade ambiental e competitividade econômica;
  • Incentivo ao desenvolvimento tecnológico, elemento-chave para elevar a produtividade e garantir que a região se beneficie plenamente da economia digital;
  • Combate ao crime organizado, que ameaça nossas economias e nossas instituições;
  • Promoção dos direitos dos cidadãos do Mercosul, reafirmando a dimensão humana e social de nosso processo de integração.

A presidência brasileira do bloco ocorrerá até o final de 2025. No primeiro semestre de 2026, o Paraguai assume a presidência pro tempore do Mercosul

Link: https://www.gov.br/fazenda/pt-br/assuntos/noticias/2025/dezembro/reuniao-de-ministros-de-economia-e-presidentes-de-banco-central-do-mercosul-debatem-riscos-macroeconomicos-para-a-regiao
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