Lula propõe a Trump cooperação contra braços financeiros do crime organizado internacional
Presidente brasileiro, em ligação nesta terça (2/11), celebrou a retirada de parte das tarifas de importação e reforçou a necessidade de mais negociações. Lula também propôs parceria para asfixiar financeiramente o crime organizado internacional. Trump se mostrou aberto à ideia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou nesta terça-feira, 2 de dezembro, às 12h de Brasília, para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Numa chamada que durou 40 minutos, ambos tiveram uma conversa muito produtiva e trataram de temas da agenda comercial, econômica e de combate ao crime organizado.
Lula indicou ter sido muito positiva a decisão dos Estados Unidos de retirar a tarifa adicional de 40% imposta a alguns produtos brasileiros, como carne, café e frutas. Destacou que ainda há outros produtos tarifados que precisam ser discutidos entre os dois países e que o Brasil deseja avançar rápido nessas negociações.
O presidente Lula igualmente ressaltou a urgência em reforçar a cooperação com os EUA para combater o crime organizado internacional. Destacou as recentes operações realizadas no Brasil pelo governo federal com vistas a asfixiar financeiramente o crime organizado e identificou ramificações que operam a partir do exterior. O presidente Trump ressaltou total disposição em trabalhar junto com o Brasil e que dará todo o apoio a iniciativas conjuntas entre os dois países para enfrentar essas organizações criminosas.
Os dois presidentes concordaram em voltar a conversar em breve sobre o andamento dessas iniciativas.
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O tema da cooperação bilateral no combate aos braços financeiros do crime organizado internacional já havia sido abordado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na semana passada, após nova ação da Receita Federal contra sonegadores contumazes a serviço do crime. O ministro da Fazenda revelou que ele e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, sugeriram ao Governo que haja cooperação com o governo dos Estados Unidos, porque há uma conexão criminosa com grupo empresarial em Delaware, onde a lavagem de dinheiro usa ferramentas variadas.
Com informações do Planalto
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