Igualdade racial

MIR investe 1,2 milhão em estudos sobre impacto econômico das desigualdades raciais

Em parceria com Ipea, o projeto também contemplou a realização do seminário de 135 anos de Abolição

09/11/2023 10:13
MIR investe 1,2 milhão em estudos sobre impacto econômico das desigualdades raciais
Foto: Rithyele Dantas/MIR

 

O Ministério da Igualdade Racial (MIR) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) firmaram uma parceria para desenvolver estudos, pesquisas e atividades de promoção de conhecimento nos temas de racismo e igualdade racial.

As análises vão abordar as desigualdades raciais no ambiente de trabalho e os custos econômicos do racismo estrutural na sociedade brasileira, além de um estudo sobre a demografia da escravidão no Brasil e os impactos na atualidade.

Os estudos são de extrema importância para a elaboração de políticas públicas voltadas para a população negra e quilombola, para mitigar as problemáticas deixadas pela escravidão.

Outra parte do investimento foi para a realização do seminário que marca os 135 anos desde a abolição, ‘Entre a escravidão e o Racismo’, na última terça-feira (7/10).

>> Leia mais: Novembro Negro: Com racismo, não há democracia, diz ministra Anielle Franco

"Este seminário tem o objetivo de dar continuidade a essa trajetória crítica e retomar, no âmbito da cooperação MIR e IPEA, o diálogo com parceiros estratégicos sobre os desafios e possibilidades de aprofundar os caminhos para uma sociedade com cada vez mais justiça racial”, disse a Diretora de Avaliação, Monitoramento e Gestão da Informação, Tatiana Silva.

A Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ao participar da mesa de abertura, destacou como as pessoas pretas, principalmente as mulheres, precisam justificar constantemente cargos em espaço de poder.

“O sentido de como o outro nos , a gente não consegue mudar. É importante falar isso onde a gente está hoje porque, especificamente, nesse meio econômico existem momentos que a gente precisa reforçar, porque nós mulheres sabemos que a cada dia que passa, nos vemos obrigadas a comprovar que somos capazes e eficientes. E que estamos preparadas, prontas para entrarmos e ficarmos nos lugares em que estamos." 

A presidenta do Ipea, Luciana Servo, que também estava presente na mesa de abertura, ressaltou os impactos da abolição assinada pela Princesa Isabel em 1888.

“Quando falamos que a princesa assinou um papel e trouxe a liberdade, que liberdade é essa? Que liberdade, como diz Sueli Carneiro, jogou essas pessoas na sarjeta da história. Não incluiu essas pessoas no sistema educacional, não lhes deu direitos e não as colocou em nenhum espaço de inclusão social." 

Por: Ministério da Igualdade Racial 


A reprodução é gratuita desde que citada a fonte