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A transição energética deve ser uma oportunidade de inclusão social, diz Alexandre Silveira

À Voz do Brasil, o titular de Minas e Energia reforçou que o Brasil é líder na transição energética, mas a descarbonização da economia precisa ocorrer com justiça social

Agência Gov
19/11/2024 19:10
A transição energética deve ser uma oportunidade de inclusão social, diz Alexandre Silveira
Foto: Reprodução/Canal Gov

Na Declaração de Líderes do G20, divulgada nesta segunda-feira (18/11), os chefes de Estado endossaram os princípios de uma transição energética justa e inclusiva. “O grande propósito do nosso governo é fazer inclusão. A visão da bioeconomia e a economia energética é uma grande oportunidade do Brasil se tornar uma nova indústria de descarbonização, uma nova indústria de salvaguarda do planeta, mas que inclua as pessoas", destacou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ao programa A Voz do Brasil desta terça-feira (19/11).

Durante a entrevista, Silveira falou sobre o aspecto cultural do uso de combustíveis fósseis e não renováveis. “A transição energética se dará do ponto de vista da sustentabilidade, do ponto de vista da nova economia, gerar emprego e renda, criar uma nova indústria; e se dará também paralelamente sobre um aspecto cultural. As energias limpas renováveis, a sustentabilidade, serão para os jovens, e já está sendo para muitos, como o cigarro foi há 20 anos, era uma grande moda. Hoje os jovens repudiam o cigarro. Os combustíveis fósseis, a agricultura de alta emissão será repudiada pela sociedade nas próximas décadas. E o Brasil vai fazer dessa fresta de oportunidade uma grande janela”, acrescentou o ministro.

Confira a entrevista completa aqui.

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G20

A transição energética foi um dos assuntos debatidos nas discussões neste segundo dia da Cúpula de Líderes do G20. A Declaração divulgada no primeiro dia de evento reconhece a necessidade reduzir emissões dos gases de efeito estufa e reafirma a urgência de medidas de adaptação, fortalecimento do financiamento público e cooperação internacional para ajudar os países em desenvolvimento em sua ação climática e o apoio aos esforços para triplicar a capacidade de energia renovável e duplicar a média anual global de eficiência energética até 2030.

“Por isso eu destaco que o Brasil é o grande líder desse tema no mundo, líder da transição energética, até porque o Brasil não tem nem como duplicar, muito menos triplicar a sua matriz energética. Nós [já] temos uma matriz de energias 50% limpa e, de energia elétrica, 90%”, reforçou Silveira.

Outro resultado importante dos debates foi o reconhecimento da relevância do planejamento energético nacional, do fortalecimento das capacidades locais, das estratégias políticas e marcos legais, assim como da cooperação entre diferentes níveis de governo para criar ambientes que atraiam investimentos para as transições energéticas.

Além disso, a Declaração reconheceu a urgência em aumentar os investimentos em todas as fontes e canais financeiros para suprir a lacuna de financiamento das transições energéticas, com especial foco nos países em desenvolvimento.

 


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