Autogestionadas lotam G20 Social com temas importantes para o Brasil e do mundo

Centenas de reuniões, seminários e encontros, organizados pela própria sociedade civil, garantiram que o G20 Social recebesse o credenciamento de mais de 33 mil pessoas interessadas em sugerir políticas públicas para os líderes das 19 economias mais potentes do planeta mais a União Europeia e a União Africana. Os temas passaram por demandas comuns às populações dos países do G20 e muitas soluções foram apresentadas nas atividades autogestionadas.

Com o principal objetivo de garantir políticas públicas e o desenvolvimento dos catadores e catadoras de materiais recicláveis, Movimento Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (MNCR) organizou o debate: “G20 Social: o Protagonismo dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis na Liderança da Economia Circular e Agenda ESG”

Durante a atividade, foi debatida a importância da categoria na liderança da economia circular e nas práticas de ESG (Environmental, Social, and Governance). Os catadores e catadoras, que historicamente atuam com práticas sustentáveis, agora veem seu papel ganhando destaque nas agendas globais. Para Carlos Cavalcante, da articulação nacional do movimento (@catadoresmncr), a participação em eventos como o G20 é essencial para dar visibilidade e valorizar a categoria. A mesa contou também com Anderson Nassif,  fundador da COOPERLOL; Ary Moraes, da SENAES; e Mateus Mendonça, da UNICOPAS, que reforçaram o papel fundamental dos catadores na construção de um futuro mais sustentável.

"A Favela não é carência, Favela é potência "foi assim que Preto Zezé, presidente  da Central Única das Favelas- CUFA, abriu a mesa de debate proposta pela Central e pela Unesco e que teve como tema a importância das favelas no centro  do debate global." O presidente da CUFA mostrou como as favelas podem ter papel importante no desenvolvimento do país.

Em seguida, o ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, fez questão de enfatizar a determinação do presidente  Luiz  Inácio Lula da Silva, em dar aos moradores das favelas o lugar de protagonistas neste G20 Social". Para o ministro, o governo federal garantiu aos moradores de favelas que  suas reivindicações fossem ouvidas no G20 Social como são ouvidas em outras instâncias do governo.

Ao todo, a CUFA organizou conferências em 48 países, onde foram feitas discussões com foco nas mulheres, nas culturas e no desenvolvimento  econômico.  A UNESCO  e a CUFA  com a participação  da London Schoolof Econômica (LSE) promoveram debates que reuniram  lideranças  e especialistas  para discutirem o papel dos moradores  das favelas  como catalisadores de transformação  social e desenvolvimento  sustentável  no Brasil  e no mundo.

O fundador da CUFA, Celso Athayde, disse que trazer as questões  das favelas para o G20 é um marco histórico. “ Hoje é um dia que jamais será  esquecido. Como sempre digo: Se os problemas são globais, as soluções também devem ser.” afirmou Athayde.

Com a proposta de apresentar  o Relatório  de Investimento Público  e Políticas  Públicas  da Juventude  Negra da pesquisa “Juventudes negras”, o Em Movimento organizou uma mesa de debates no g20 Social. Um  dos objetivos  desta pesquisa  foi  destacar  a perspectiva  antirracista, interseccional e intersetorial para os orçamentos  públicos no Brasil  em prol do desenvolvimento  das juventudes negras. A entidade tem parceria com a Uneafro Brasil, a Perifa Connection e a Sankofa, Consultoria em Equidade. A pesquisa buscou responder  à demanda política por dados sobre as juventudes negras que vivenciaram sua cidadania entre as desigualdades de raça e geração.

Muitas outras atividades autogestionadas foram realizadas no Boulevard Olímpico e o resultado das discussões vão compor um caderno de anexos que será entregue aos chefes de estado do G20 junto com o documento síntese da Cúpula do G20 Social. Amanhã, haverá as três grandes plenárias sobre os três eixos propostos pela presidência brasileira ao G20. Confira a programação e participe.