BNDES vai estruturar contrato de R$ 1,1 bi para construção e manutenção de novo prédio do INCA
Escopo da parceria é a realização de serviços não assistenciais de saúde, como equipagem, segurança, limpeza, conservação, hotelaria, lavanderia e TI, entre outros
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA) assinaram contrato para a estruturação de um projeto inovador de parceria entre instituições públicas e privadas para construção do novo prédio, reforma do antigo e prestação serviços não assistenciais do novo Campus do INCA no Rio de Janeiro (RJ). Participaram da assinatura, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e o diretor-geral do INCA substituto, João Paulo de B’iaso Viola.
Trata-se do primeiro projeto de parceria na área da saúde. O campus do INCA, referência em oncologia no Brasil, será transformado em um centro de desenvolvimento científico e inovação tecnológica para assistência a pacientes e integração das áreas do instituto. A finalidade do contrato é a realização de serviços não assistenciais para até 450 leitos, como reforma, construção, equipagem, instalação, operação, segurança, limpeza, conservação, hotelaria, lavanderia, brigada de incêndio e TI, entre outros. A estimativa de investimento do projeto é da ordem de R$ 1,1 bilhão.
Os serviços assistenciais e médicos do INCA continuam sob a responsabilidade dos servidores públicos, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), com atendimento público e gratuito, sob a gestão e supervisão do Ministério da Saúde.
O projeto tem como objetivo transformar a infraestrutura do INCA em um moderno centro de excelência e de referência no tratamento do câncer, centralizando as 18 unidades do INCA existentes no Rio de Janeiro em um único complexo. O projeto inclui o retrofit de um edifício existente na Praça da Cruz Vermelha e a ampliação do complexo com a construção de três novos edifícios em um terreno adjacente cedido pelo governo do estado do Rio de Janeiro. Esse novo complexo vai abranger áreas de alta complexidade no tratamento, pesquisa, ensino, prevenção e gestão na área do câncer.
“Com a parceria, o INCA terá uma infraestrutura hospitalar de maior qualidade e com melhores condições de trabalho para os profissionais da saúde e de atendimento à população, com aumento na oferta de leitos de internação. Além disso, resultará em benefícios para o sistema de saúde, como a otimização de recursos, a redução de custos, a unificação de múltiplos contratos, a modernização das instalações e a criação de sinergias operacionais”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Segundo ele, com o projeto, o INCA fortalecerá sua atuação na pesquisa e no desenvolvimento de novas terapias para o câncer. “A estruturação desse projeto marca um avanço significativo na área de saúde no Brasil e reforça o compromisso do governo do presidente Lula com a inovação e a eficiência na gestão dos serviços de saúde pública.”
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, explica que a oncologia vai estar no coração do programa Mais Acesso a Especialistas. “Estamos mudando a forma de fazer essa atenção à saúde, agora mais integrada no cuidado. Muitas inovações são concretizadas com tecnologias e produtos, por isso a pesquisa é fundamental, mas muitas outras inovações são feitas de processos. É aí que entra o Mais Acesso a Especialistas. O trabalho em rede é um dos grandes aprendizados do SUS”, defendeu. “Esse momento de hoje significa esperança e convicção de que estamos no rumo certo”, complementou, relembrando que os protocolos clínicos para o câncer de mama em breve serão aprovados.
Diretor do INCA em exercício, João Viola fez uma análise sobre o cenário da doença no país. “Nós evoluímos muito nos últimos anos quanto ao tratamento, diagnóstico e prevenção, mas o câncer ainda é um grande desafio, principalmente por ser uma doença do envelhecimento, na maioria das vezes. O câncer é a segunda causa mortis no Brasil e pode se tornar a primeira nos próximos anos. Por isso a importância de valorizar e expandir instituições como o INCA que fazem essa assistência à saúde, além de pesquisa e ensino”, declarou
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