Durante G20, presidente Lula participa de reuniões com líderes mundiais
Entre os encontros, presidente brasileiro esteve com chefes de estado dos Estados Unidos, África do Sul, Reino Unido, Japão e Índia
Durante a Cúpula do G20, o presidente Lula participou de encontros bilaterais com líderes de diversas nações presentes no Rio de Janeiro. Os encontros, que ocorreram entre os dias 18 e 19 de novembro, reforçam o papel do Brasil na política internacional e ampliam parcerias em diversos setores, como o meio ambiente, comércio e combate à fome.
Com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Lula discutiu a implementação da Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores, lançada em 2023, e anunciaram uma nova Parceria para a Transição Energética. O presidente Biden saudou a exitosa conclusão da presidência brasileira do G20 e agradeceu o convite para visitar a Amazônia brasileira, sublinhando o apoio dos Estados Unidos ao Fundo Amazônia e à presidência brasileira da COP30, que vai ser realizada ano que vem em Belém, no Pará. A conversa não tratou de situações específicas em terceiros países.
No encontro com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, Lula fez o convite para uma nova visita ao Brasil no ano que vem, para ampliar a integração entre os dois países e fazer o mapeamento das oportunidades e áreas econômicas em que os países podem trabalhar juntos.
Este é o segundo encontro entre os dois líderes no período de cinco meses, desde que Starmer assumiu o posto. Antes, eles se reuniram em Nova York, nos Estados Unidos, em encontro paralelo à Assembleia Geral da ONU.
Carbono
Lula e Keir Starmer conversaram sobre a COP29 e a COP30 e sobre as metas dos dois países em relação à redução de carbono.
O primeiro-ministro também falou sobre iniciativas legislativas britânicas para melhorar direitos trabalhistas no Reino Unido.
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Japão
A reunião entre Lula e o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, foi a primeira entre os dois. O chefe de governo japonês assumiu o cargo em outubro deste ano.
Lula e Ishiba marcaram uma viagem do presidente brasileiro ao Japão em março do ano que vem, acompanhado de uma comitiva empresarial.
O presidente Lula e o primeiro-ministro Ishiba conversaram também sobre carros híbridos e movidos a hidrogênio, e trataram de cooperação na área de agricultura e indústria, além de financiamentos para o setor agrícola brasileiro.
Índia
Com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, Lula agradeceu a adesão da Índia à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza e o cumprimentou pela organização do G20 no ano passado. Lula disse que o Brasil usou muitos ensinamentos da experiência dos indianos para organizar a Cúpula do Rio.
O presidente Lula falou do seu desejo de, em 2025, fazer uma visita à Índia, com uma comitiva do governo, da comunidade científica e de empresários para ampliar as relações entre os dois países em setores como energia e fármacos, e também o intercâmbio de universidades e a transferência de tecnologia.
O primeiro-ministro Modi disse que a Índia terá um grande prazer em receber a visita do presidente Lula e de sua comitiva no ano que vem, e que vai trabalhar para também fazer uma visita de Estado ao Brasil em 2025.
Modi elogiou a presidência brasileira pela continuidade do trabalho do G20 e pelos avanços em temas da agenda do grupo. Os presidentes conversaram ainda sobre cooperação nos setores de biocombustíveis, defesa e aeroespacial.
Mais países
O presidente Lula também teve encontros com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, o presidente de Angola, João Lourenço, o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, a presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen e o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Sheikh Khaled bin Mohamed bin Zayed Al Nahyan, chefe da delegação dos Emirados Árabes Unidos ao Brasil.
Conclamação contra corrida armamentista entre Rússia e Ucrânia
Em nota conjunta divulgada nesta quarta-feira (20/11), o governo do Brasil, junto com o Chile, Colômbia e México, “fazem uma conclamação urgente a que se evitem ações que escalem a corrida armamentista e agravem o conflito entre a Federação da Rússia e a Ucrânia”.
“Instamos todas as partes envolvidas a cumprir com os seus compromissos internacionais e a privilegiar o diálogo e a busca da paz nessa região”, diz a nota.
O comunicado foi divulgado após o aumento do conflito entre os dois países, com o lançamento de mísseis. A guerra entre Rússia e Ucrânia começou em fevereiro de 2022.
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