Para que o Estado seja inclusivo, ele precisa estar aberto à participação social, diz Esther Dweck
Ao programa A Voz do Brasil, a ministra detalhou o programa Imóvel da Gente, que foi uma das pautas dos debates do primeiro dia de G20 Social, no Rio de Janeiro
A primeira Cúpula do G20 Social da história teve início nesta quinta-feira (14/11) no Boulevard Olímpico, na zona portuária do Rio de Janeiro. O evento, que vai até o sábado (16/11), reforça a participação social como instrumento fundamental para construção de políticas públicas do governo brasileiro.
“O Estado, para que a gente possa ter um desenvolvimento inclusivo, verde e que vá de fato não deixar ninguém para trás, ele precisa ser um Estado aberto à participação social”, destacou a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, em entrevista à Voz do Brasil.
Confira a entrevista completa aqui.
Entre os assuntos debatidos durante a entrevista, o direito à moradia digna, com o Programa Imóvel da Gente, esteve em pauta. Destinado a impulsionar o uso do patrimônio público em benefício da população, a iniciativa abrange imóveis sem destinação definida, como áreas urbanas vazias, prédios vazios e ocupados, conjuntos habitacionais com famílias não tituladas, além de núcleos urbanos informais com e sem infraestrutura.
O programa visa beneficiar áreas como educação, saúde, assistência social, segurança alimentar, cultura e o esporte, priorizando a oferta habitacional, regularização fundiária, obras de infraestrutura e equipamentos de políticas públicas diversas. De acordo com a ministra, no Rio de Janeiro, o Imóvel da Gente está em andamento com a restauração da antiga Estação Ferroviária Leopoldina.
“Um dos grandes empreendimentos que a gente tem feito com a prefeitura do Rio é a Estação Leopoldina, que era uma antiga estação ferroviária que foi abandonada, ela deixou de ser uma estação ferroviária já há muitos anos. A gente está fazendo um trabalho muito bacana que vai revitalizar o prédio histórico, vai construir habitação popular, vai ter a Cidade do Samba 2. Então vai ser um super empreendimento”, explicou.
A iniciativa é um exemplo de política pública que atua no combate às desigualdades e à pobreza, um dos eixos do G20 Social. O evento inédito ocorre até o dia 16 de novembro, antes da cúpula dos chefes de estado do G20, nos dias 18 e 19. Desde dezembro do ano passado, o Brasil está na presidência temporária do grupo, que reúne os 19 países dos cinco continentes com as maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana. O grupo agrega dois terços da população mundial, cerca de 85% da economia global e 75% do comércio internacional.
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