Cultura

Videocast do Iphan: Escola é caminho para democratizar acesso ao patrimônio

No programa “Nosso Patrimônio”, que estreou no Canal Gov, ministra dos Direitos Humano Macaé Evaristo afirmou que conhecer bens materiais e imateriais que formam a história do Brasil é uma maneira de criar vínculo e valorizar a identidade do país

Agência Gov | MDHC
07/08/2025 22:22
Videocast do Iphan: Escola é caminho para democratizar acesso ao patrimônio

Ao participar da estreia do videocast Nosso Patrimônio, veiculado nesta quinta-feira (7/8) no Canal Gov, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, frisou que é necessário democratizar o acesso ao patrimônio brasileiro por meio do ensino. O programa, que teve como tema do primeiro episódio a educação patrimonial, foi produzido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Macaé Evaristo ressaltou que o primeiro passo é garantir que todos possam conhecer o patrimônio brasileiro. “A gente precisa democratizar o acesso de maneira geral. Principalmente nos grandes centros, mas também para as crianças que moram no interior, no campo. Quantas crianças brasileiras têm a possibilidade de conhecer Brasília, que é a nossa capital? Então, para muita gente isso vai ficar só na esfera do sonhado, ou vai acessar por meio de plataformas digitais”, salientou.

Na avaliação da titular do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) a educação patrimonial é o caminho para que a população crie vínculo e preserve os bens materiais e imateriais que guardam a história brasileira, aprendendo, assim, a valorizar a cultura e a identidade do país. Ela defendeu que o tema seja parte do currículo escolar.

Se nesse momento da escola, a gente não apresenta esses espaços, para que a pessoa sinta que aquele espaço ali lhe pertence, é muito pouco provável que essa pessoa vá acessar aqueles espaços mais tarde”, alertou.

O presidente do Iphan, Leandro Grass, que apresenta o videocast, destacou que não é possível preservar o patrimônio sem que a população se relacione com estes bens.

Não há preservação sem vínculo e pertencimento, sem amor. A gente só cuida daquilo que a gente ama e conhece”, destacou Grass.

O deputado distrital Gabriel Magno, presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa do Distrito Federal, e professor da educação básica do DF, também participou do programa. Ele reforçou o papel da educação na preservação do patrimônio. “[A escola] é porta de entrada para a cidadania, para o direito de pertencimento cultural. Ela precisa ser, de fato, aproveitada nesse aspecto”, enfatizou.

(Foto: Duda Rodrigues/MDHC)
(Foto: Duda Rodrigues/MDHC)

Boas práticas

Em sua participação, a ministra lembrou uma iniciativa por ela encabeçada, quando foi secretária municipal de Educação em Belo Horizonte (MG), em que a pasta criou um curso de pós-graduação para professores como agentes culturais, por meio da Lei Rouanet. Na formação, os docentes aprendiam a explorar o patrimônio da capital mineira e região metropolitana em diferentes áreas do conhecimento. A iniciativa colocava em diálogo professores de educação básica com agentes educativos de museus e artistas.

A titular do MDHC finalizou pontuando que o patrimônio está também no cotidiano, como na prática das benzedeiras, nas rodas de samba e de capoeira. “Patrimônio faz a gente se conectar cada vez mais com a cultura, e também faz a gente ter um olhar bastante sensível para o que as pessoas produzem em diferentes lugares do mundo. A gente sabendo, conhecendo, amando a nossa aldeia, a gente pode amar o mundo. Para mim, isso é pensar patrimônio”, concluiu Macaé Evaristo.

Assista ao videocast Nosso Patrimônio na íntegra aqui

 

Link: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2025/agosto/ministra-defende-democratizacao-do-acesso-ao-patrimonio-por-meio-da-escola-em-novo-videocast-do-iphan
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