Concursos

Cartão é a fonte segura para checar local de prova do Concurso Nacional Unificado

Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, dá dicas e detalha preparativos finais da segunda edição do CPNU, que tem provas no domingo (5) em 228 cidades

Eduardo Biagini | Agência Gov
01/10/2025 11:40
Cartão é a fonte segura para checar local de prova do Concurso Nacional Unificado
Joédson Alves/Agência Brasil
Esther Dweck: 'Quanto mais diversos forem os servidores e servidoras públicas, mais eles conhecem a nossa realidade'

Com provas objetivas marcadas para domingo (5/10), a segunda edição Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2) vai ser realizada em 228 cidades. E para evitar ser barrado e não conseguir concorrer a uma das 3.652 vagas em 32 órgãos e entidades do Executivo Federal, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, deu dicas para os 760 mil candidatos inscritos durante o programa Bom Dia, Ministra desta quarta-feira (1º/10): chegar com tranquilidade ao local de prova e conferir com antecedência o cartão de confirmação para não chegar no endereço errado.

É muito importante chegar cedo, levar canetas preta ou azul, este ano pode ser azul também, e levar seu documento de identificação. Se possível, quem puder imprimir também o cartão de local de prova é importante, conferir o endereço para não chegar no lugar errado. Então, é se concentrar e chegar tranquilo, de preferência levar água também”, disse a ministra

Os inscritos já podem conferir o local de prova por meio do site da Fundação Getúlio Vargas.

Para cargos de nível superior, a prova objetiva será realizada das 13h às 18h. Já os candidatos a cargos de nível intermediário farão as provas em horário reduzido: das 13h às 16h30.

Em todos os casos, os portões abrem às 11h30 e serão fechados às 12h30 (horário de Brasília), meia hora antes do início das provas.

O cartão de confirmação traz, entre outras informações, número de inscrição, data, hora e local de prova, além de registrar que a pessoa inscrita terá direito a atendimento especializado ou tratamento pelo nome social, se for o caso. Apesar de não ser obrigatório, a ministra recomendou levar o cartão impresso no dia da realização da prova para facilitar a localização.

“Teve um caso ano passado, que eu queria falar para as pessoas não cometerem o mesmo engano. Era uma escola que tinha mudado de endereço. No cartão (de confirmação) estava o endereço correto, novo, mas no Google, no Waze, estava o endereço antigo, e as pessoas foram pelo endereço do Google e chegaram (no local) errado. Então é muito importante: confirmem o endereço no cartão do candidato", contou.

A edição de 2025 do concurso unificado terá dois dias de aplicação de provas. A primeira fase, neste domingo, 5 de outubro, será composta por 90 perguntas de múltipla escolha, para o nível superior, e por 68, para o nível intermediário. Os candidatos habilitados nessa primeira etapa serão convocados para fazer a prova discursiva no dia 12 de novembro. A segunda etapa ocorre em 7 de dezembro.

Leia também
CPNU: diversidade e inclusão marcam o maior concurso público da história do País

Retificações no edital do CPNU 2 visam garantir diversidade do cadastro de reserva
Em encontro com ministra, empresários da indústria pedem mais servidores públicos

Inclusão

A ministra afirmou que o concurso foi estruturado para garantir oportunidades a grupos historicamente excluídos e promover maior representatividade nos quadros da administração pública.

Uma das coisas importantíssimas do Concurso Público Nacional Unificado é aumentar a diversidade do serviço público, e o nosso mantra é: o serviço público com a cara do Brasil”, disse Esther

“Porque com isso a gente consegue fazer políticas públicas realmente pensando na nossa população, e quanto mais diversos forem os servidores e servidoras públicas, mais eles conhecem a nossa realidade, mais eles trazem outras formas de olhar a política pública”, explicou.

De acordo com a nova lei que amplia reserva de cotas em concursos públicos, 25% das vagas são destinadas a pessoas negras, 5% a pessoas com deficiência, 3% a indígenas e 2% a quilombolas

As reservas são aplicadas a cargos de nível superior e intermediário sempre que houver número de vagas suficiente para garantir os percentuais mínimos. Além disso, os candidatos beneficiados pelas cotas também concorrem às vagas de ampla concorrência, ampliando as possibilidades de ingresso. A diversidade se refletiu já na etapa de inscrições: 210.882 candidaturas foram de pessoas negras (27,7% do total), 30.053 de pessoas com deficiência (3,9%), 6.657 de indígenas (0,87%) e 5.004 de quilombolas (0,66%).

Outro ponto inovador do edital é a previsão de equilíbrio de gênero na classificação para as provas discursivas. A regra estabelece que, caso o percentual de mulheres classificadas seja inferior a 50% em determinado cargo ou especialidade, será aplicado um mecanismo de equiparação, sem prejuízo aos homens já aprovados. A medida busca corrigir distorções de gênero e ampliar a presença feminina em carreiras públicas historicamente masculinizadas.

Esse cuidado se soma a um dado já expressivo: as mulheres representam 60% das inscrições homologadas no CPNU 2.

“Por exemplo, se forem chamadas 100 pessoas e tiver 60 homens e 40 mulheres, a gente vai chamar mais 20 (mulheres). Em vez de 100 pessoas, vão ser 120 pessoas para a segunda etapa, sendo os 60 homens e 60 mulheres. Não é uma reserva de vaga para as mulheres, mas um aumento das chances das mulheres de passarem no concurso”.

“O que a gente percebeu (no concurso anterior) é que para elas a diferença foi justamente na prova objetiva, porque é aquela que exige um tempo de estudo mais concentrado, e muitas vezes as mulheres, com as duplas, triplas jornadas, elas não conseguem fazer aquele estudo mais específico, mas elas têm uma bagagem muito grande, mais estudo do que os homens. Então na segunda etapa elas acabam indo bem e compensam eventualmente uma perda. Então tendo o mesmo número a gente acha que isso vai ter uma chance grande de aumentar o percentual de mulheres (no serviço público)”, explicou Esther.

Logística

Durante o bate-papo com jornalistas de várias regiões, a ministra informou que as provas já chegaram a todas as capitais e cidades grandes. De acordo com Esther Dweck, 85 mil pessoas de vários ministérios e órgãos estão envolvidas para a realização do CPNU 2.

“(As provas) Chegaram em todas as capitais ou grandes cidades por meio de avião e foram escoltadas pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) na parte terrestre, pela PF (Polícia Federal) na parte aérea. Se a gente pensa nos estados como Pará e Amazonas, precisou de barco, avião de pequeno porte, então é uma logística gigantesca para que a gente garanta segurança, e no dia da realização da prova, a gente vai ter o apoio de todas as forças de segurança dos estados; Polícia Militar, Civil, Defesa Civil, Bombeiros”, explicou.

“Nas salas de prova, todas têm detector de metal, eletrônicos também, para que a gente possa fazer uma grande garantia de segurança, e que todo mundo possa realizar a prova com total tranquilidade”, disse a ministra.

Assista à íntegra do Programa Bom Dia, Ministra


A reprodução é gratuita desde que citada a fonte